COMPARAÇÃO DA ÁREA DE GORDURA VISCERAL COM MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS EM TRABALHADORES INDUSTRIÁRIOS

POLLIANA RADTKE DOS SANTOS, MIRIA SUZANA BURGOS, ÉBONI MARÍLIA REUTER , MIRIAM BEATRIS RECKZIEGEL, HILDEGARD HEDWIG POHL

Resumo


As doenças cardiovasculares estão associadas a diversos fatores, como por exemplo, o perfil antropométrico da população, que é um parâmetro de fácil aferição. Estudos científicos destacam que a gordura visceral é um preditor importante da saÚde cardiovascular dos indivíduos e, em virtude disto, é necessário aprofundar os métodos de avaliação desta variável. Nesta perspectiva, a bioimpedância (BIA) e a antropometria demonstram-se recursos eficazes e de baixo custo, quando comparados a outras tecnologias. O objetivo de nossa pesquisa é verificar a relação entre a área de gordura visceral (AGV), obtida na BIA, com variáveis antropométricas em trabalhadores industriários. Quanto ao método, o estudo é transversal e comparativo, tendo como amostra 39 trabalhadores industriários pertencentes à pesquisa: "Novas abordagens para diagnóstico de doenças em trabalhadores e escolares" (CEP nº 703.934/14). Os trabalhadores foram submetidos a uma avaliação da AGV, utilizando a BIA (Analisador de Composição Corporal InBody720) e as medidas de Circunferência da Cintura (CC) e do Quadril (CQ), utilizando uma fita métrica (Cardiomed) para obtenção da relação cintura/quadril (RCQ) e as demais variáveis antropométricas, sendo elas a massa corporal e a estatura, verificadas através da balança antropométrica (Welmy SA, Santa Bárbara do Oeste, Brasil) para a estimativa do Índice de Massa Corporal (IMC) e as dobras cutâneas para o percentual de gordura (%G) (Lange Skinfold Caliper Beta Technology, marca Cardiomed). A análise dos dados foi realizada através de frequência, percentual, média e desvio padrão para caracterização da amostra. A normalidade dos dados foi verificada através do teste Shapiro-Wilk, e a partir desta, realizada a Correlação de Pearson, para CC, RCQ e %G e Correlação de Spearman para o IMC, sendo considerado a significância p>0,05. Nesta pesquisa, a média de idade dos sujeitos foi de 37,31 anos (DP: 6,09), apresentando uma média de 91,47 cm2 na AGV (DP: 39,44), além de 33% com este índice elevado (≥100 cm2), sendo 69% dos trabalhadores do sexo feminino. Os dados demonstraram correlação forte entre a AGV e o IMC e a CC, sendo que a média do IMC permaneceu em 26,74 kg/m2 (DP: 5,22) e a CC em 82,51 cm (DP: 11,74), assim como correlação moderada com o %G, este com média de 23,86% (DP: 56,50).A AGV, obtida na BIA, se mostrou associada com o IMC, CC e %G. Cabe ressaltar a importância da BIA como preditor da gordura visceral (área), bem como a relação da mesma com a CC, variável já validada, no que tange a esta medida.


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