ÍNDICE DE MASSA CORPORAL: A RELAÇÃO COM A PRÁTICA DE ATIVIDADES FÍSICAS EM TRABALHADORES INDUSTRIÁRIOS

BIBIANA ROCHA BRUM, MIRIA SUZANA BURGOS, POLLIANA RADTKE DOS SANTOS, ÉBONI MARÍLIA R UTER, MIRIAM BEATRIS RECKZIEGEL, HILDEGARD HEDWIG POHL

Resumo


A atividade física representa papel importante na promoção e manutenção da saÚde, pois o sedentarismo pode acarretar danos à saÚde, causar o excesso de peso, o acÚmulo da gordura visceral e as consequentes alterações metabólicas. O objetivo de nossa pesquisa visa verificar a relação entre o Índice de Massa Corporal (IMC) com a prática de atividade física regular em trabalhadores industriários. Quanto aos métodos, trata-se de um estudo transversal, em que foram sujeitos 38 trabalhadores vinculados a pesquisa: "Novas abordagens para diagnóstico de doenças em trabalhadores e escolares" (CEP: 703.934/14). Constaram na coleta de dados, o questionário de Estilo de Vida, previamente validado, e a avaliação antropométrica. Do questionário, foram selecionadas as variáveis demográficas e a prática de atividade física, sendo priorizados da avaliação antropométrica as variáveis massa corporal (quilogramas) e estatura (metros), verificadas através da balança antropométrica (Welmy SA, Santa Bárbara do Oeste, Brasil) para a estimativa do IMC (kg/m2) e posteriormente classificado e dicotomizado (faixa recomendável: 2 e excesso de peso: ≥25 kg/m2). Na correlação do IMC com as variáveis que tratam da prática de atividade física, foi aplicado o Teste do Qui-Quadrado de Pearson, através do software Statistical Package for Social Sciences for Windows (SPSS - versão 20.0), sendo considerado a significância de p<0,05. Os sujeitos de nossa pesquisa foram os trabalhadores industriais, com mediana de idade de 36 anos (amplitude interquartil 25-75%: 33-43), dos quais 63% eram do sexo feminino. Dos trabalhadores que praticam exercícios físicos regulares (53%), 100% dos classificados na faixa recomendável e 75% da faixa de excesso de peso do IMC realizam atividades aeróbicas. Quanto aos exercícios abdominais, 82% dos sujeitos classificados na faixa recomendável do IMC e 81% da faixa de excesso de peso não os realizam regularmente. Também em relação aos alongamentos musculares, 71% dos sujeitos da faixa recomendável do IMC e 63% dos indivíduos da faixa de excesso de peso não os realizam regularmente. Não houve significância estatística entre as variáveis analisadas. Visto que a prática regular de atividade física não é um hábito dos trabalhadores, pois em torno de 50%, independente do IMC, afirmaram não praticar. Conclusão: Os resultados não apresentaram significância estatística entre o IMC e a prática de atividades físicas regulares, embora se observe uma tendência de menor excesso de peso nos indivíduos que afirmam praticar atividade física. Cabe ressaltar a possiblidade do viés de memória dos indivíduos em relação às questões inquiridas.


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