A Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e SaÚde - CIF foi proposta pela Organização Mundial de SaÚde, em 2001, com a finalidade de ser uma classificação para o objetivo de estabelecer uma linguagem universal, ampla e significativa acerca do estado de funcionalidade da pessoa, buscando descrever o impacto da doença no indivíduo, sua interação com o meio ambiente e qualidade de vida. A informação está organizada em duas partes, cada uma contendo dois componentes: funcionalidade e incapacidade (parte 1), dividida em estrutura e função corporal, atividade e participação; e fatores do contexto (parte 2), formado por fatores ambientais e fatores pessoais. Muitas barreiras têm sido encontradas no uso do modelo biopsicossocial, incorporado à proposta da CIF, já que qualquer diagrama estará incompleto e fadado a interpretações incorretas devido à complexidade de interações num modelo multidirecional e multidimensional, rejeitando a existência exclusiva de uma situação de linearidade que indicaria a restrição da participação como consequência da incapacidade, a incapacidade como exclusiva consequência da deficiência e a deficiência como exclusiva consequência da doença. Através desta revisão espera-se demonstrar a inclusão da CIF como ferramenta de trabalho do fisioterapeuta, propiciando a elaboração do plano terapêutico abrangente, diante dos componentes de funcionalidade e incapacidade e dos contextos ambiental e pessoal. O estudo de revisão narrativa,identificado no período de 2012 a 2015,dando continuidade ao estudo Panorama e perfil da utilização da CIF no Brasil - uma década de história, publicado em 2012, foi identificada nas bases LILACS; MEDLINE; COCHRANE; SciELO; PeDro (apenas no GRUPO CIF-F), sendo descritores: Classificação Internacional de Funcionalidade e Incapacidade em SaÚde, CIF, International Classification of Functioning, disability and health, ICF e ICF and physiotherapy.Como resultados foram encontradas 877 publicações, destas 21 publicações foram selecionados. Os componentes da CIF mais utilizados nos estudos selecionados são funções do corpo, participação e atividade, e fatores ambientais. O maior nÚmero de publicações está na área da neurologia (5) e o ano em que foi publicado mais estudos foi 2014. Diante dos resultados apontam para uma ampla produção científica relacionadas à CIF nos Últimos 3 anos. Diversas áreas de saÚde vêm explorando esta classificação na temática dos estudos, comprovando a multidimensionalidade que a mesma proporciona ao profissional, o que colabora na melhoria de informações acerca do sujeito e, principalmente, quando se trata de atividade e participação do sujeito em seu meio biopsicossocial.