AVALIAÇÃO DA PREVALÊNCIA DE PARASITOSES EM ESCOLARES DE SANTA CRUZ DO SUL - RS
Resumo
As infecções causadas por helmintos e protozoários estão entre os mais frequentes agravos de doenças no mundo. No Brasil, os parasitas intestinais ainda são um dos vários problemas que acometem a saÚde da população, principalmente pela sua relação com o grau de desnutrição das populações acometidas, afetando principalmente o desenvolvimento físico, psicossomático e social de escolares e do restante da população. A eosinofilia é definida como a concentração aumentada de eosinófilos quando estão presentes helmintos gastrointestinais. Quando alguns protozoários estão presentes, desencadeia respostas imunes que estimulam o aumento de eosinófilos na circulação sanguínea, ocorrendo migração tecidual de larvas ou alojamento de parasitos em tecidos. O objetivo deste estudo, foi estimar a frequência de parasitoses em escolares de 7 a 17 anos na cidade de Santa Cruz do Sul. Para a metologia, foi realizado um estudo transversal composto por 351 escolares do sexo masculino e feminino, entre 7 e 17 anos, pertencentes a 16 escolas estaduais, municipais e particulares da zona norte, sul, leste, oeste e centro do município de Santa Cruz do Sul, nos anos de 2014 e 2015. A realização da pesquisa foi procedida, após os pais terem assinado o termo de consentimento livre esclarecido. Foram realizadas coleta de sangue total para realização de hemograma completo, que foi realizado através do método automatizado, utilizando o analisador automático da marca Sysmex, modelo XS800i. Foi solicitado aos estudantes a coleta de uma pequena quantidade de fezes em um frasco com conservantes Paratest® para realização do exame parasitológico (EPF). Para a construção do mapa do geoprocessamento, foi realizada a confecção do mapa de Santa Cruz do Sul no programa Terra View 3.5.0 e adicionaram-se os resultados, em forma de marcação, através do programa CorelDraw X5. Os dados foram coletados e armazenados em uma planilha de dados e analisados em programa estatístico SPSS versão 20.0. A frequência de escolares parasitados foi de 5,7%, os parasitas que mais acometeram os escolares foi Trichuris trichiura com 30%, Entamoeba coli, que se trata de uma ameba comensal não patogênica, com 25,0%, seguida por Ascaris lumbricoides, com 20%. Destes escolares, 9,6% apresentavam aumento dos eosinófilos. Diante dos resultados apresentados, podemos constatar que há prevalência de crianças acometidas por parasitoses. Quando comparados os resultados com a eosinofilia, houve relação de pacientes parasitados com a presença de eosinófilos aumentados na contagem do hemograma. No mapeamento das áreas mais acometidas por parasitoses, observamos que essas se encontram, em sua maioria, concentrada em um mesmo local, podendo esta ser considerada uma região de risco.
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