As organizações empresariais encontram-se inseridas em um ambiente de mudanças aceleradas e constantes. Com relação a micro e pequenas empresa (MPEs), essas mudanças tornam-se um emaranhado de oportunidades e também de ameaças. O uso incorreto de ferramentas de apoio para uma gestão empresarial podem vim a desencadear dificuldades, assim como, má administração das MPEs, falta de qualidade nos processos, baixo índice de sobrevivência entre tantos outros. Segundo Crepaldi (2010) um bom sistema de custos deve constituir-se em prioridade de qualquer administração, ter instrumentos que o auxiliem nos controles e nas tomadas de decisões. Nesse sentido, o presente estudo busca informações de como as MPEs mensuram os custos e eventualmente ver o grau de importância que isso reflete no dia-a-dia e na trajetória de tomada de decisão. A metodologia utilizada classifica-se em pesquisa exploratória, no qual esse tipo de pesquisa tem como foco proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses. A grande maioria dessas pesquisas envolve: a) levantamento bibliográfico; b) entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado e c) análise de exemplos que estimulem a compreensão (GIL, 2007). Os dados coletados apontam para a necessidade de um maior conhecimento sobre os custos envolvidos na gestão das micro e pequenas empresas. O resultado disso é que 55% das empresas desconhecem a composição de seus custos e que 25% formam seus preços unitários seguindo a concorrência. Corroborando com isso somente 5% das empresas da pesquisa utilizam algum sistema informatizado, o restante ainda utiliza anotações manuais para controle de seus custos. Algumas das limitações a serem observadas é o grau de instrução das MPEs, porque afeta diretamente o entendimento sobre a gestão de custos, a falta de preparo para a manualização das ferramentas para um eficiente controle, a falta de oferta de cursos profissionalizantes, entre outros. Se as MPEs de Silveira Martins possuíssem maior domínio sobre seus custos estariam aptas a reagir mais rapidamente a condições adversas de mercados, assim como, pressões de custos decorrentes a variações cambiais que levam a uma desvalorização da moeda, quebras de safras, formação de cartel nos elos de fornecedores, entre outros. Poderiam, portanto, definir melhor o plantel de produtos com que operam de acordo com cada conjuntura econômica, evitando, assim, processos de descapitalização da empresa e até seu fechamento.