ESTUDO DAS DIFERENTES TEMPERATURAS E TEMPOS PARA EXTRAÇÃO DO LÍQUIDO CELOMÁTICO DE MINHOCA

JORDANA FINATTO, DÉBORA TAIRINI RIETZKE, MAIRA CRISTINA MARTINI, TACIÉLEN ALTMAYER, VALERIANO ANTONIO CORBELLINI, LUCÉLIA HOEHNE

Resumo


Um dos problemas relacionados à distribuição de alimentos é que após serem consumidos, existe uma grande parte que é descartada, e em muitos casos este resíduo orgânico pode ser reutilizado e vir a ser um novo bioproduto, no caso o hÚmus, proveniente da ação de microorganismos, junto com as minhocas, desempenham um papel fundamental neste ciclo. Ademais, esses animais possuem um líquido chamado celomático que é liberado quando elas se sentem ameaçadas. Esse líquido pode conter substâncias antioxidantes ou metais que podem, no futuro, serem usados em produtos, sendo interessante o estudo desse material. A técnica de Infravermelho com transformada de Fourier (FT-IR) é uma técnica analítica físico-químico sensível e altamente reprodutível, envolvendo a medição de comprimento de onda e da intensidade da absorção de radiação IV de uma amostra, possibilitando a análise qualitativa e quantitativa de compostos de diferentes amostras. As vantagens de FT-IR sobre outras técnicas é a pequena quantidade de amostra para analisar. Esta técnica é utilizada a nível mundial para identificar porções estruturais de biomoléculas em função da sua absorção de Infravermelho sendo uma alternativa para análise do líquido celomático. Dessa forma o objetivo deste trabalho foi padronizar o tempo e a temperatura para extração do líquido celomático de minhoca utilizando o banho-maria e posterior uso do FT-IR para identificação dos compostos existentes na amostra. Para a realização do experimento foram utilizadas minhocas da espécie Eisenia andrei, as mesmas foram imersas em água por 24 horas, para limpeza do tubo digestivo e após submersas em água pré-aquecida em banho-maria, para identificar qual seria a temperatura e tempo necessário para liberação do líquido celomático. As temperaturas avaliadas variavam de 10 ºC até 50 ºC e os tempos testados variaram de 10 a 60 min. Após a coleta do líquido celomático, as amostras foram armazenadas em tubos de ensaio descontaminados e foram inseridas no equipamento do Infravermelho, pertencente à Universidade de Santa Cruz do Sul. Como resultados preliminares, de acordo com os espectros gerados no FT-IR, foi observado que a condição mais adequada para extrair o líquido celomático da minhoca foi em 30 minutos a 30 °C. Também, as análises no FT-IR indicaram a presença de diferentes tipos de amidos, açÚcares, gorduras, aminoácidos, bem como possíveis dipeptídeos. Testes posteriores ainda serão feitos para calibração e quantificação dos compostos encontrados no líquido celomático. Assim, pode-se concluir que o líquido celomático possui vários compostos importantes para o desenvolvimento de novos produtos.


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