DETERMINAÇÃO DE VITAMINA B2 POR CLAE PARA ACOMPANHAMENTO DO PROCESSAMENTO DE FARINHA DE VEGETAIS NÃO CONFORMES.

ALINE RUBERT, LILIANE MARQUARDT, MICHELE JUNKHERR RODRIGUES , ANA LUCIA BECKER ROHLFES, NADIA DE MONTE BACCAR

Resumo


As vitaminas são importantes compostos orgânicos presentes em muitos alimentos em pequenas quantidades e que são fundamentais para reações metabólicas. Normalmente não são sintetizas pelo organismo e, por isso, precisam fazer parte da dieta alimentar. De um modo geral, as vitaminas atuam como coenzimas (''ajudantes'' de enzimas) sendo essenciais ao metabolismo e à manutenção das funções vitais. As vitaminas são classificadas em lipossolÚveis e em hidrossolÚveis de acordo com propriedades fisiológicas e físico-químicas. As vitaminas lipossolÚveis podem ser armazenadas no organismo e são solÚveis em gordura. As vitaminas denominadas hidrossolÚveis podem ser armazenadas em quantidades significativas nas células. A ausência de vitaminas ou a má absorção destas no organismo humano causa uma série de complicações, que são muito variadas, pois dependem do tipo de vitamina, bem como da intensidade da carência vitamínica. O processamento de vegetais in natura e sua transformação em farinha promove o prolongamento de sua vida Útil, podendo, por outro lado, devido ao emprego de temperatura, ocasionar perda de nutrientes, como as vitaminas mais instáveis e consequentemente levar à perda nutricional ou alterar o modo como serão absorvidas e processadas pelo organismo. Nesse sentido, por intermédio do projeto "Processamento de farinha de vegetais não conformes: aproveitamento de resíduos de atividades agroindustriais para agregação de renda", financiado pela SDECT/RS, objetiva-se a quantificação de vitaminas, entre as quais a riboflavina (B2), em vegetais não conformes, como a beterraba, couve, espinafre e pimentão, e nas farinhas obtidas a partir dos mesmos, por meio da Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE). Foram otimizadas as condições cromatográficas para a separação e quantificação da vitamina B2 através do cromatógrafo de marca SHIMADZU, com detecção por fluorescência, nos comprimentos de onda 450 nm (excitação) e 530 mn (emissão), RF-20A XS, utilizando coluna C18. Para essa otimização foram realizados vários ensaios, com variação da composição da fase móvel, formada pela combinação metanol:água, nas seguintes proporções: 40:60, 70:30 e 60:40. Além da composição da fase móvel, foi avaliado o sinal cromatográfico da eluição do analito na presença de diferentes vazões de fluxo 1,2; 0,8 e 0,6 mL/min. O volume de injeção foi variado entre 20 e 10 μL. Ensaios para promover a total extração da vitamina B2 dos vegetais em estudo também foram iniciados. Para tanto, as amostras foram trituradas e adicionou-se metanol ou etanol, nos seguintes volumes: 20, 40 e 60 mL. As amostras foram colocadas em uma incubadora rotativa ou em liquidificador com tempo de extração diferenciado. A seguir o solvente de extração foi removido em evaporador rotativo e a vitamina extraída foi elevada volumetricamente a 10 e/ou 100 mL com a fase móvel, sendo filtrada em membrana de 0,45 μm antes da análise cromatográfica. Dentre os resultados preliminares obtidos, percebe-se, de acordo com o tempo de retenção do padrão que a fase móvel mais apropriada é a 60:40 metanol:água, a vazão de fluxo 0,8 mL/min e o volume de injeção 10 μL. Para a extração dos vegetais in natura em estudo ainda não foi possível determinar um método eficaz para total extração da vitamina B2. Neste sentido, a otimização de extração da vitamina B2 será continuada.

Palavras -chave: Vitaminas; riboflavina, CLAE, farinha de vegetais.


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