ESTABILIZAÇÃO QUÍMICA DE SOLO FORMADO NO VALE DO RIO PARDO PARA VERIFICAÇÃO DE GANHO DE RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO SIMPLES

MARIANA DA SILVA CARRETTA, CINTIA MARTINS DE OLIVEIRA, FERNANDA INES SCHWINGEL, JOÃO RODRIGO GUERREIRO MATTOS

Resumo


Os estudos sobre a estabilização química de solos, além de muito difundidos no Brasil, mostram esse método de melhoramento do solo como importante alternativa para a viabilidade econômica e ambiental no reforço de solos utilizados como base e sub-base de pavimentos. Considerando isso, a presente pesquisa teve como principal objetivo a avaliação das características físicas e mecânicas do solo quando acrescido aditivo químico, como cal hidratada e cimento, para estabilização do mesmo. O trabalho visou verificar através de ensaios o ganho de resistência à compressão de um solo oriundo da cidade de Vera Cruz, no Vale do Rio Pardo, com a aplicação de diferentes teores de cal e cimento. Desse solo natural, foi feita a coleta e posterior realização de ensaios em laboratório, visando sua caracterização física. Para tanto, foram realizados ensaios de limites de Atterberg (limite de liquidez e plasticidade), análise granulométrica (por peneiramento e sedimentação) e massa específica dos grãos do solo. A seguir, para análise do comportamento mecânico dos solos, executaram-se os ensaios de compactação (denominado ensaio de Proctor). A partir da caracterização e através de ensaios de pH para obtenção dos teores de aditivo suficientes para reagir com a amostra de solo, foram moldados os corpos de prova acrescidos de cal e cimento na umidade ótima obtida a partir do ensaio de compactação e de seu respectivo peso específico seco máximo para a energia de compactação empregada, visando o alcance das melhores características para moldagem dos corpos de prova. Foram considerados aceitos para análise, aqueles que atingiram peso específico seco máximo do solo entre 99 e 101% do peso específico obtido em ensaio de compactação. Para melhor obtenção de resultados, foram moldados 3 corpos de prova por ensaio de resistência à compressão para cada teor de aditivo acrescentado, definidos pela consideração da estabilização do pH da mistura e para cada tempo de cura - estipulados em 7,14 e 28 dias. Foram então moldados 45 corpos de prova, sendo 3 para cada teor de aditivo (3%, 5%, 7% e 9%) e 3 corpos de prova de solo puro. Como resultado, observou-se para as moldagens com cimento que, com o acréscimo dos aditivos químicos, obteve-se significativo ganho de resistência imediato e continuamente crescente conforme o aumento do teor incorporado e o tempo de cura. Já para os corpos de prova estabilizados com cal, os resultados apresentaram certa inconsistência, tendo alguns corpos de prova ganho de resistência e em alguns casos perda da mesma. Tal fato pode estar ligado a erros de moldagem, que se devem à dificuldade de moldar os corpos de prova com incorporação da cal, uma vez que essa retém a água acrescida na mistura e dificulta que se obtenha um corpo de prova em perfeitas condições.


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