AVALIAÇÃO DA LIBERAÇÃO DE ACETATO DE DEXAMETASONA ASSOCIADO AO ULTRASSOM TERAPÊUTICO EM SISTEMA DE DIFUSÃO VERTICAL

BÁRBARA SCHMITT, JOÃO ALBERTO TASSINARY , SIMONE STULP

Resumo


A fim de proporcionar aos pacientes uma reabilitação física segura, indolor e com resultados instantâneos, pesquisas vêm associando agentes farmacológicos a recursos eletroterápicos. Dentre estas técnicas destaca-se a fonoforese que, a partir do uso do ultrassom terapêutico, busca incrementar a liberação e permeação de moléculas de fármacos através do sistema tegumentar. O ultrassom terapêutico produz corrente alternada de alta frequência, analgesia e trata lesões musculoesqueléticas e dos tecidos moles. Este vem sendo utilizado na prática clínica com a finalidade de promover o reparo ósseo, redução de edema e estimulação da regeneração dos tecidos e também apresenta-se com potencial para ampliar a permeação transdérmica de substâncias. O acetato de dexametasona é comumente utilizado em clínicas e consultórios, principalmente no tratamento de doenças inflamatórias por ter característica anti-inflamatória e imunossupressora. O presente trabalho tem como objetivo avaliar a liberação do acetato de dexametasona in vitro em um sistema de difusão vertical, com membrana de acetato de celulose, com e sem a aplicação do ultrassom terapêutico. Para a realização das análises, foi utilizado o fármaco acetato de dexametasona na forma de creme em concentração de 1 mg/g. Os ensaios de liberação foram realizados em uma célula de difusão vertical tipo Franz, com solução receptora de água deionizada e álcool etílico 99,5% com proporção de 1:1, contendo, entre os compartimentos, uma membrana de acetato de celulose. A célula de difusão foi introduzida em um banho termostratizado a 37 ºC. Em contato com a membrana, foi adicionado o acetato de dexametasona. As análises foram realizadas em triplicatas nos tempos de 5, 10, 15 e 20 minutos. O ultrassom foi aplicado no modo pulsado 5%, frequência de 3 MHz, intensidade de 0,8 W cm-2. Foram realizadas análises espectrofotométricas de alíquotas retiradas da célula de difusão, com pico de absorbância máximo em 245 nm. Pode-se observar que não existe diferença em termos de liberação de acetato de dexametasona entre os dois grupos em 5 e 10 minutos, entretanto, em 15 e 20 minutos, o ultrassom incrementou a liberação de forma significativa em 144,42% e 77,28%, respectivamente. Porém, quando comparados todos os tempos de aplicação do ultrassom, verificou-se que, com o passar do tempo, o ultrassom incrementa a liberação de acetato de dexametasona para o meio receptor. Com isso, foi verificado que o ultrassom apresentou-se como facilitador no sistema de liberação de acetato de dexametasona para o meio receptor, possibilitando concluir que, quanto maior o tempo de aplicação do ultrassom, maior será a liberação do princípio ativo para o meio.


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