RELAÇÃO DA MASSA MUSCULAR ESQUELÉTICA ATRAVÉS DA BIOIMPEDÂNCIA COM O CONSUMO DE OXIGÊNIO PICO DE TRABALHADORES EM TESTE DE ESTEIRA.
Resumo
A aptidão musculoesquelética e cardiorrespiratória junto da composição corporal são componentes fundamentais na condição física relacionada à saúde. Entre estes se destaca a massa muscular esquelética (MME), que é definida com base na massa muscular dos membros, e é composta apenas por músculo esquelético, sendo considerada cerca de 70% da massa muscular total, e o consumo de oxigênio (VO2), enquanto modo de captação, distribuição e utilização do oxigênio pelo organismo. Já o VO2 pico, pode ser considerado como um ponto máximo atingido antes da estabilização do consumo de oxigênio, diferente do VO2 máximo que necessita de melhor condicionamento físico para ser atingido. Durante a prática de exercícios físicos, o tecido muscular demanda grandes quantidades de oxigênio para a depleção e utilização de micronutrientes como fonte de energia, portanto a quantidade de massa muscular esquelética pode ser um fator determinante para uma melhor aptidão cardiorrespiratória, reduzindo as possibilidades de desenvolver disfunções metabólicas. Neste sentido, o objetivo principal foi relacionar a massa muscular esquelética com o consumo de oxigênio em teste de esforço de trabalhadores industriários. Participaram deste estudo 38 sujeitos com média de idade de 37,23 (±6,15) anos, sendo 26 do sexo feminino, participantes do Projeto “Novas Abordagens em biodinâmica humana e diferenciação hematológica em trabalhadores e escolares”. A coleta de dados constou de avaliação da massa muscular esquelética por bioimpedância através do equipamento Inbody 720 e da condição cardiorrespiratória por teste ergoespirométrico com o analisador de gases VO2000, pelo protocolo de Bruce Modificado em esteira ergométrica Inbramed Super ATL. Os dados foram analisados pelo software estatístico SPSS versão 20.0, utilizando estatística descritiva com média e desvio padrão, teste Shapiro-Wilk e correlação de Spearman, com p<0,05. Os resultados obtidos apresentaram uma massa muscular esquelética com média de 26,63 (±5,88) kg e um VO2 pico que apontou uma média de 20,90 (±5,20) ml/kg/min. Como se pode observar não houve correlação entre as variáveis analisadas nesta amostra, o que pode estar associado ao reduzido número de sujeitos e a baixa condição física dos avaliados. Entretanto, cabe destacar a importância das avaliações proporcionadas através do projeto, que é capaz de predizer os níveis de aptidão física e perfil morfológico dos sujeitos avaliados, podendo estes, receber sem custos a oportunidade de conhecer o seu estado de saúde, tanto no que concerne ao condicionamento físico e à aptidão musculoesquelética.
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