PADRONIZAÇÃO DA TÉCNICA DE RT-PCR EM TEMPO REAL PARA O VÍRUS INFLUENZA A H1N1

Martina Fernanda Gewehr, Fernando Mossmanm, Jane Dagmar Pollo Renner, Luciana de Souza Nunes, Lia Gonçalves Possuelo

Resumo


A influenza A subtipo H1N1, também conhecida por gripe A, é causada pelo vírus influenza que são partículas envelopadas de RNA, segmentado e de diferentes linhagens, sendo o subtipo A mais relevante em humanos por sua alta susceptibilidade a alterações morfológicas e de maior potencial infecioso. Em virtude da rápida disseminação em território Brasileiro da epidemia de influenza A H1N1 em 2009, evidenciou-se a necessidade de adoção de um teste em âmbito nacional. Inúmeras pesquisas desenvolvidas apontam métodos moleculares como principais ferramentas de diagnósticos de doenças infecciosas, desta forma foram preconizadas pelo CDC (Centers for Disease Control and Prevention) como forma mais eficiente para a confirmação do vírus metodologias através da técnica de PCR em tempo real. Os objetivos foram padronizar a técnica de RT-PCR em tempo real (rRTPCR), utilizando o sistema Taqman® para o vírus Influenza A (H1N1). As análises foram realizadas no Centro de Pesquisa e Treinamento em Biotecnologia (CPTBio) localizado na Universidade de Santa Cruz do Sul. O material utilizado para a padronização da técnica foi amostras de secreção por aspirado da nasofaringe ou swab nasal e oral, coletadas e armazenadas pelo Laboratório Central de Saúde Publica (IPB-LACEN/RS), nas quais foram selecionadas aleatoriamente pela equipe técnica e posteriormente enviadas em gelo seco para o CPTBio e armazenadas em freezer -70ºC.  Para realização da técnica de rRTPCR utilizou-se a sonda Taqman® Influenza A contendo 4 ensaios de oligonucleotídeos,  utilizando a sequência iniciadora InfA (sonda influenza sazonal), RNP (sonda RNAse P),  SwInfA (sonda influenza pandêmica) e SwH1 (sonda da hemaglutinina da influenza pandêmica). As amostras foram amplificadas segundo o protocolo recomendado pelo CDC, utilizando enzima Invitrogen III Platinum. Para a extração de ácido nucléico, recomendou-se o uso de kits de extração Invitrogen viral RNA. Foram no total 30 amostras selecionadas aleatoriamente do ano de 2012 pela equipe técnica do IPB-LACEN/RS, das quais 8 já foram extraídas e analisadas. Para a padronização da reação de rRTPCR  utilizou-se ciclagens de 50°c por 30 minutos para a transcrição reversa, seguido por um ciclo de 95°c por 2 minutos e 45 ciclos de amplificação de PCR de 95°c por 15 seg e 30°c por 55 seg. As concentrações e volumes de reagentes necessários para otimização de uma reação padrão de 25µL rRTPCR foi 12,5µL de Mix de Reação 2X contendo em sua composição 0,4mM de cada dNTP e 6mM de MgSO 4 ; 0,5µL de Mix enzimas 1X Taq Platinum/SuperScript III Invitrogen; 0,05µL de ROX reference dye 25µM; 3µL do conjunto de oligonucleotídeos Taqman® Influenza A contendo 0,4 uM primer e 0,2 uM sondas; 6,5µL de H 2 O livre de nuclease e 3µL de RNA viral. Desta forma, nas amostras testadas todas apresentaram amplificação para a sonda RNP confirmando a presença de RNA viral em todas as amostras. Quatro apresentaram positividade para a sonda Inf A, responsável por identificar a presença do vírus Influenza A sazonal. As amostras positivas não apresentaram amplificação para SwInf A e SwH1 ao verificar se havia a presença do vírus pandêmico. Até o momento foi possível extrair 8 amostras onde todas apresentaram RNA viral e 4 apresentaram positividade para influenza A sazonal. Foi possível padronizar a reação de rRTPCR, onde a técnica  de PCR tempo real demonstrou-se rápida e eficaz para o diagnostico de influenza A.  


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