SENTIDO DE VIVER E IDEAÇÃO SUICIDA: COMO ESSAS QUESTÕES SE ARTICULAM NA ADOLESCÊNCIA.

Maristela Meurer, Daniela Fischer, Darla Batista de Abreu, Marlon de Souza Steffens, William Augusto dos Santos, Roselaine Berenice Ferreira da Silva

Resumo


O presente estudo é parte de um projeto de pesquisa que se propõe a identificar qual a percepção que o jovem do município de Santa Cruz do Sul possui em relação ao seu cotidiano e ao seu sentido de vida.  Compreender, analisar e propor formas de prevenção a doenças advindas de um estado emocional insatisfatório - no caso, a depressão - está no escopo desta pesquisa que mantém sua continuidade. A ideação suicida pode ser considerada como importante fator de risco para o suicídio efetivo, junto com a depressão e a desesperança. Identificado em tempo tais sentimentos, promove-se a prevenção e o consequente desenvolvimento saudável desses jovens. O estudo está sendo quantitativo, correlacional, de levantamento e associação entre variáveis. Os sujeitos compreendem adolescentes na faixa etária entre 15 e 19 anos, pertencentes a escolas públicas do município de Santa Cruz do Sul. Instrumentos utilizados: ficha de dados pessoais com o objetivo de caracterizar e descrever os sujeitos em estudo; Inventário de Depressão de Beck (BDI) e Escala de Desesperança de Beck (BHS) e Escala de Neuroticismo (EFN). Para o desenvolvimento deste estudo, foram realizados contatos com escolas públicas obtendo-se a autorização necessária para a participação dos adolescentes. Autorizada a pesquisa pela escola, foi encaminhada uma carta aos pais e/ou responsáveis pelo aluno com idades entre 15 e 17 anos (por serem menores de 18 anos), acompanhada de uma ficha de consentimento livre e esclarecido com o objetivo de explicar a natureza e relevância da pesquisa a ser desenvolvida e obter autorização voluntária dos pais e/ou responsáveis para a participação do adolescente. Os adolescentes e seus responsáveis que consentiram com a pesquisa assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para a participação no estudo. Tendo obtido o aceite, a administração dos instrumentos foi realizada na própria instituição de ensino do adolescente, durante o horário escolar. Tais instrumentos foram aplicados por alunos bolsistas devidamente capacitados. A aplicação foi coletiva, com duração de, aproximadamente, uma hora. Os resultados encontrados, até o presente momento, estão baseados na análise de 94 respostas dadas aos instrumentos aplicados, bem como respostas dadas à ficha sócio demográfica. A faixa etária predominante foi de 17 anos (25,6%), compreendendo a terceira série do ensino médio, em sua maioria meninas (54%). Nos instrumentos aplicados, verificou-se que na Escala Beck, 30% da amostra apresentou depressão em nível mínimo; 25% em nível moderado e 45% não evidenciou níveis de depressão. Na Escala de Desesperança, 22% apresentou nível moderado para tal sentimento e na Escala de Neuroticismo (EFN), 20% da amostra demonstrou níveis de vulnerabilidade psíquica; 15% nível de desajustamento psicossocial; 25% nível elevado de ansiedade e 40% de depressão de forma leve a moderada.  Até o presente momento, os resultados foram demonstrados pela estatística descritiva, sendo verificados apenas os percentuais de cada variável estudada. O próximo passo consiste em realizar um estudo associativo de variáveis, pelo método do qui-quadrado, com o intuito de analisar as variáveis que interferem nos sentimentos identificados, nos adolescentes, pelos instrumentos que avaliam níveis de depressão, desesperança e ideação suicida.


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