INFLUÊNCIA NA RESISTÊNCIA DE CONCRETOS COM ADIÇÃO DE PRODUTOS DE PROTEÇÃO

Leonardo Azevedo Massulo, Cibelle Melo Holzschuh, Arthur Baumhardt Guidoti, Cassia Paula Gabe, Adriano Luiz Kist, Camila Crauss

Resumo


É notório que o sistema construtivo mais utilizado no Brasil é o de concreto armado. Esse tipo de estrutura é a aliança de dois materiais com propriedades diferentes e complementares, sendo eles o concreto e o aço. Essa união surgiu do fato do concreto ter ótima resistência à compressão, mas ter pouca resistência aos esforços de tração, logo, adiciona-se aço nas partes dos elementos estruturais submetidas a esses tipos de esforços, em compensação, o concreto propícia ao aço um ambiente altamente alcalino favorecendo a formação de uma película óxido estável que passiva o aço e impede a progressão da corrosão. Diante disso, uma das maiores preocupações quanto a durabilidade e segurança desse tipo de estrutura é o processo de carbonatação, ou seja, quando o dióxido de carbono presente no ar penetra nos poros do concreto e reage com o hidróxido de cálcio formando carbonato de cálcio e água, o que reduz a alcalinidade do concreto e consequentemente despassivando a armadura quando esse processo a alcança. Outra preocupação é a corrosão por íons cloreto que rompe a película óxido, sendo esse um dos maiores índices de patologias nas estruturas de concreto armado no país. Logo, essa pesquisa buscou estudar os possíveis efeitos na resistência e posteriormente a avaliação da eficiência de dois produtos comerciais comumente usados como adição com o objetivo de refinar a rede de poros, minimizando a entrada de componentes que venha a abaixar o ph do concreto ou deteriorar a estrutura. Os materiais utilizados foram areais e brita basalto, os quais são utilizados em toda a região e o cimento CP IV 32, que é utilizado em todo o Rio Grande do Sul. Além disso, foi feita toda a caracterização dos materiais conforme as normas técnicas de forma a atender os critérios do uso desses materiais no concreto. Foi feito a dosagem experimental pelo Método IBRACON buscando o abatimento de 80± 10mm, obtendo-se os diagramas de dosagem para os concretos estudados, sendo eles: C25 S50, C30 S50 e C35 S50. Contudo, por a relação a/c ter ultrapassado a máxima prevista pelas normas, não foi possível utilizar esses concretos sem o uso de um aditivo, logo, realizou-se novamente a dosagem utilizando-se então 1% de aditivo plastificante em relação ao cimento obtendo-se novamente os diagramas de dosagem e pode-se fazer a adição dos produtos alvo nessa pesquisa. Os resultados indicam que além de diminuir o consumo de cimento, os produtos estudados também influenciam na resistência mecânica no concreto. Além disso, confirmou-se que mesmo usando um abatimento baixo não é possível utilizar um concreto com esses materiais sem aditivo plastificante e estar dentro da norma. Por fim, estão sendo realizados os ensaios de carbonatação ao ar, penetração de cloretos e absorção de água por capilaridade com o objetivo de avaliar a eficiência dessas adições.

 

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