ESTRATÉGIAS ELABORADAS POR DISCENTES DE 7º E 9º ANO EM ATIVIDADES INVESTIGATIVAS ENVOLVENDO CONCEPÇÕES ALGÉBRICAS

Karina Taís Krein, Ludmila Maccali, Bruna dos Santos, Ieda Maria Giongo, Márcia Jussara Hepp Rehfeldt, Marli Teresinha Quartieri

Resumo


Este trabalho está vinculado ao programa de pesquisa do Observatório da Educação, intitulado "Estratégias metodológicas visando à inovação e reorganização curricular no campo da Educação Matemática no Ensino Fundamental", desenvolvido pelo Centro Universitário Univates, o qual estuda três tendências no ensino: Modelagem Matemática, Etnomatemática e Investigação Matemática. Uma das ações do referido Programa foi desenvolver práticas inovadoras nas escolas de Educação Básica parceiras, priorizando-se a Investigação Matemática. Neste contexto, o propósito deste trabalho é apresentar dados oriundos de práticas desenvolvidas com alunos de 7º e 9º ano de duas escolas parceiras. Em particular, o intuito foi analisar as estratégias elaboradas pelos alunos observando a capacidade de compreensão de um determinado conteúdo. Conforme Ponte, Brocardo e Oliveira (2009), a Investigação Matemática deve seguir quatro etapas: exploração da questão; formulação de conjecturas; testes e comprovação; e, justificação. Para os autores, tal método é trabalhado em pequenos grupos de alunos no qual estes devem formular suas conjecturas e escrevê-las detalhadamente. Em relação ao conteúdo matemático optou-se pela álgebra usando as concepções de Usiskin (1995), que são definidas por: aritmética generalizada; estudo de procedimentos para resolver problemas; estudo de relações entre grandezas; e, estudo das estruturas. Desse modo, seguindo as etapas da Investigação Matemática, foram elaboradas atividades investigativas no campo da álgebra para as quatro concepções e trabalhadas com as referidas turmas, fazendo uso de alguns materiais concretos, como barbante, cubinhos e tiras de papel. Todas as atividades foram desenvolvidas em grupos pequenos e depois socializados os resultados no grande grupo. Por meio de fotografias, gravações, filmagens e relatos registraram-se as estratégias utilizadas pelos estudantes. Em um primeiro momento, ambos os níveis de escolaridade, tiveram dificuldades ao interpretar as questões e escrever matematicamente suas hipóteses. Entretanto, com o decorrer das demais concepções, o 7º ano revelou uma surpreendente capacidade de encontrar alternativas para solucionar a questão, independentemente de já ter visto tal conteúdo em aula.  Salienta-se que a criatividade dos alunos do 7º ano, ao usar o material disponibilizado, possibilitou um desenvolvimento inicial mais rápido das atividades, porém o processo de encontrar generalização se tornou mais difícil para este nível. Estes utilizaram esquemas, desenhos, tentativa-e-erro para resolver algumas das questões. No 9º ano, os alunos não tiveram tanto uso de ideias diversificadas para encontrar generalizações, pois seguiam alguma fórmula matemática já vista em outro momento na disciplina. Ao fim da prática, os discentes afirmaram gostar da experiência desenvolvida em sala de aula, pois segundo os educandos, o debate em grupo motivou-os a prosseguir com os desafios e facilitou a compreensão das atividades.


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