ANÁLISE DE GASES POLUENTES ORIUNDOS DA SINTERIZAÇÃO DE CERÂMICA POROSA INCORPORADA COM RESÍDUO SÓLIDO

Julia Amanda Becker, Diosnel Antonio Rodriguez Lopez, Adriane de Assis Lawisch Rodriguez

Resumo


Crescente é a busca de alternativas que evitem o descarte dos resíduos sólidos gerados pelas grandes indústrias. Entre essas alternativas está a incorporação desses resíduos em material cerâmico. Um exemplo disso é o uso da areia verde incorporada em barbotina cerâmica a fim de produzir um material poroso, este feito utilizando a Luffa cylindrica como suporte. A incorporação da areia verde em massa cerâmica pode ser uma alternativa ao descarte da mesma, diminuindo assim o impacto ambiental causado, porém, a única maneira de confirmar se tal incorporação é viável ou não, de ponto de vista ambiental, é analisar todo o processo. Dentro do processo de produção da cerâmica, há o processo de queima, onde o material é exposto a altas temperaturas. Esse processo libera gases poluentes ao meio ambiente. Logo, é necessário analisar se a incorporação de resíduos sólidos aumenta ou diminui a quantidade de gases poluentes emitidos. Sendo assim, o presente trabalho busca avaliar as emissões gasosas oriundas da sinterização das cerâmicas porosas incorporadas com areia verde. A metodologia adotada ocorreu da seguinte maneira: inicialmente a Luffa foi cortada e então tratada quimicamente. Após, foi feita uma barbotina contendo argila, areia, feldspato, argila bentonita e areia verde. Essa barbotina foi utilizada para impregnar os pedaços de Luffa e então os materiais produzidos foram secos em estufa a 50 °C durante 5 horas. Logo após foi realizada a sinterização desse material. Ela é realizada em um forno mufla e atinge uma temperatura patamar de 1175 °C, permanecendo nessa temperatura por 2 horas. Para isso, realizar a coleta do gás de queima, foi colocado um tubo de quartzo dentro do forno mufla. Este tubo possui dois orifícios, um para a entrada de ar e o outro por onde o ar da atmosfera de queima é coletado, utilizando uma bomba de vácuo. O ar coletado passou por frascos lavadores de gases, o primeiro contendo uma solução 2M de NaOH para captura do CO2 e o segundo tubo permaneceu vazio, este chamado de tubo seco, o qual permite a visualização do processo e auxilia na retenção de qualquer condensação, como também impede que a umidade atinja a bomba de vácuo. Após a realização da queima, foi feita a coleta das amostras. Estas passarão por análise para determinar a quantidade de CO2 coletada. A partir da análise é possível comparar os resultados com os de outras pesquisas já realizadas sobre o assunto e então determinar se o material produzido com a incorporação de resíduos se tornou mais impactante ambientalmente do que um material cerâmico sem a incorporação. 

 

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