EFEITOS DA VIBRAÇÃO DE CORPO INTEIRO SOBRE A COMPOSIÇÃO CORPORAL E PERFIL BIOQUÍMICO DE IDOSAS

Grazielly Gass Cardoso, Litiele Evelin Wagner, Greice Raquel Machado, Jane Dagmar Pollo Renner, Paula Bianchetti, Dulciane Nunes Paiva

Resumo


O envelhecimento está associado às mudanças na composição corporal e às condições metabólicas que os predispõem à obesidade, diabetes, hipertensão e hiperlipidemia em comparação aos outros grupos etários. A Vibração de Corpo Inteiro (VCI) aplicada através da Plataforma Vibratória (PV) surge como uma alternativa para a realização de exercícios físicos. O envelhecimento predispõe à redução da prática de exercícios físicos regulares o que pode resultar em maior circunferência da cintura (CC), menor densidade mineral, depressão e síndrome metabólica. O presente estudo objetivou avaliar os efeitos da VCI sobre a composição corporal, taxa metabólica basal, perfil bioquímico e estresse oxidativo de idosas ativas. Ensaio clínico randomizado que avaliou 28 idosas alocadas no Grupo Controle (GC) (n=16), em que idosas receberam cartilha contendo informações gerais sobre saúde e no Grupo Plataforma Vibratória (GPV) (n=12), no qual as idosas foram submetidas ao treino na PV. Antes e após o período de treino na PV foram avaliadas as características antropométricas, perfil bioquímico e o estresse oxidativo. Avaliadas a altura, peso, CC, circunferência do quadril (CQ), relação cintura quadril (RCQ), massa de gordura corporal, massa magra e taxa metabólica basal, sendo posteriormente calculado o índice de massa corporal (IMC). A avaliação dos elementos bioquímicos foi realizada mediante coleta sanguínea, sendo realizados os exames bioquímicos hematológicos para avaliação dos níveis de hemácias, hemoglobina, hematócrito, volume corpuscular médio (VCM), redcelldistributionwidth (RDW), hemoglobina corpuscular média (HCM), concentração de hemoglobina corpuscular média (CHCM), leucograma e medida do nível de plaquetas. Foram obtidos através de reagentes comerciais, a glicemia, colesterol total e suas frações High DensityLipoproteins(HDL) e LowDensityLipoproteins (LDL) e o os níveis de triglicerídeos. O estresse oxidativo foi avaliado através de amostra da urina. A peroxidação lipídica foi avaliada através do teste das substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS). O treino na PV (Power Plate®, modelo my7™, Reino Unido) (35 Hz; 2 mm) ocorreu durante 8 semanas, com frequência de 3 sessões semanais e tempo de duração de 30 segundos a 1 minuto (30 s a 1 min. de repouso). Durante as duas semanas iniciais, o treino foi realizado durante 10 min. com 30 s de VCI e 60 s de repouso, na 3a e 4a semana foi realizado por 10 min. com 1 min. de VCI e 1 min. de repouso, na 5a e 6a semana, o treino foi de 15 min. com 1 min. de treinamento e 1 min. de VCI e na 7a e 8a semana, foi de 20 min., com 1 min. de VCI e 30 s de repouso, sendo o indivíduo posicionado com flexão de joelhos a 15° e distância entre os pés de 200 mm. Avaliadas idosas com idade de 66,30 ± 4,80 anos, alocadas no GC (n=16) e no GPV (n=12). Evidenciada diferença entre os grupos quanto aos níveis de monócitos (p=0,047), tendo havido redução no GPV. O GC apresentou aumento significante da glicemia (p=0,001), creatinina (p=0,001) e massa gorda (p=0,001) com redução da massa magra (p=0,001) e do gasto metabólico (p=0,001) entre os momentos pré e pós-treino.  No GPV foi constatado aumento significativo dos níveis de eosinófilos (p=0,045). Conclui-se que o treinamento com VCI aumenta os níveis de eosinófilos, glicemia, creatinina e massa gorda bem como reduz os níveis de monócitos, massa magra e gasto metabólico, não tendo alterado o estresse oxidativo das idosas avaliadas.


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