ASSOCIAÇÃO ENTRE IDADE GESTACIONAL E FREQUÊNCIA CARDÍACA PRÉ E PÓS-MOBILIZAÇÃO PASSIVA DE NEONATOS PREMATUROS

Kauan Pedroso Pinto, Nadiele Cavalheiro Fischer, Marciele Silveira Hopp, Alessandra Emmanouilidis, Dannuey Machado Cardoso, Dulciane Nunes Paiva

Resumo


A prematuridade representa um grande desafio por se configurar como um problema mundial de saúde pública de elevada morbimortalidade, sendo considerada a causa mais frequente de morte neonatal e com maiores taxas de morbidades nas crianças que sobrevivem. O nascimento prematuro é definido como aquele que ocorre antes de 37 semanas completas de gestação, podendo implicar ao recém-nascido (RN) distúrbios neurológicos, cardiorrespiratórios e motores. O tempo de permanência na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) pode ocasionar impacto ainda maior ao neonato como o aumento da frequência cardíaca (FC), frequência respiratória (FR) e queda da saturação periférica de oxigênio (SpO2). A fisioterapia em neonatos prematuros, através da mobilização passiva é capaz de estimular a mineralização óssea, o tônus e o trofismo muscular, estabilizando o padrão motor, prevenindo deformidades e/ou contraturas, diminuindo a dor, potencializando o desenvolvimento neuropsicomotor e melhorando a resposta comportamental e motora. Objetivou-se correlacionar a idade gestacional e a FC de neonatos prematuros antes e após a mobilização passiva. Estudo de intervenção pré-experimental, composto por neonatos prematuros, avaliados durante cinco meses na UTIN do Hospital Santa Cruz, Santa Cruz do Sul – RS, com peso = 2,5 Kg, nascidos tanto de parto cesárea quanto vaginal. Incialmente foi realizada a avaliação dos dados clínicos, estatura, peso, Apgar do 1º e 5º minuto, características gestacionais e do parto a partir dos dados obtidos do prontuário do paciente. Posteriormente, foram aferidas as variáveis FC, FR e SpO2 antes e imediatamente após a realização da mobilização passiva. A mobilização passiva foi realizada com movimentos de flexão e extensão de membros superiores e inferiores e dissociação de cíngulos pélvicos. Dados expressos em média e desvio padrão ou mediana e intervalo interquartil. Para realizar a associação entre a idade gestacional e a FC pré e pós-mobilização passiva foi utilizado o teste de correlação de Spearman (p<0,05). Avaliados 27 (sexo masculino, n=16), com idade gestacional de 30,3±2,8 semanas, idade gestacional corrigida de 34,5±1,6 semanas, peso de 1,62±0,4 Kg e estatura de 40 (39 – 43) cm. Constatado a correlação inversa entre idade gestacional e a FC pré e pós-mobilização passiva (r= -0,428, p= 0,029) e (r= -0,526, p= 0,006), respectivamente. Com relação a FR e a SpO2 não foi evidenciado correlação com a idade gestacional. Evidenciado que tanto no momento pré quanto no pós-mobilização passiva a frequência cardíaca esteve inversamente associada à idade gestacional.


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