AVALIAÇÃO DA FORÇA DE PREENSÃO PALMAR EM IDOSOS HOSPITALIZADOS
Resumo
O envelhecimento vem sendo foco de pesquisas em razão do aumento da população com mais de 60 anos, a qual apresenta elevada suscetibilidade às doenças crônicas e consequente hospitalização e elevada taxa de mortalidade devido às implicações na funcionalidade e qualidade de vida. O aumento da longevidade ocasiona maior prevalência e incidência de doenças crônicas e de agravos à saúde, bem como consequente aumento das internações hospitalares nessa população. A hospitalização é um evento crítico na vida dos idosos, podendo resultar em declínio funcional e da qualidade de vida, institucionalização e até a morte. A força de preensão palmar (FPP) reflete a força muscular global e tem sido utilizada como importante indicador de saúde. Tendo como objetivo avaliar a FPP de idosos hospitalizados e hígidos. Sendo um estudo transversal que avaliou idosos de ambos os sexos, sendo os hospitalizados alocados no Grupo Hospitalizado (GH) e os idosos hígidos no Grupo Controle (GC). Incluídos no GH idosos hospitalizados com perfil não cirúrgico, admitidos por eventos agudos ou crônicos agudizados, com tempo de internação maior que 48 horas. Para compor o GC foram incluídos os idosos insuficientemente ativos. A FPP foi avaliada através da dinamometria manual com os pacientes em sedestação e cotovelo fletido a 90º, antebraço em posição neutra de prono/supinação e extensão de punho em cerca de 30º (The American Society of Hand Therapists), sendo os mesmos orientados a pressionar o dinamômetro com máxima força em 03 medidas, a fim de se obter o valor médio em cada membro analisado. A análise estatística foi feita com os resultados expressos em média ± desvio padrão, utilizando o test t Studens independe para comparar a FPP entre os grupos analisados. A amostra foi composta por 51 indivíduos (GH: n=16; GC: n=35) com idade média de 70,7±7,3 anos e IMC de 26,2±3,6 Kg/m2. A mediana do tempo total de internação e do tempo de internação até data da avaliação foi de 13 (mínimo 6, máximo 64) e 7 (mínimo 2, máximo 31) dias, respectivamente. Não se evidenciou diferença da FPP entre a mão dominante e não dominante, tanto no GH quanto no GC, sendo adotado como referência a mão dominante. Foi evidenciada redução da FPP no GH, tanto em valor absoluto quanto em predito. O presente estudo demostrou que idosos sob condição de hospitalização apresentam redução da força muscular periférica. Dessa forma, ressaltamos a importância de aferição da FPP na avaliação de idosos hospitalizados como forma de monitoramento e de aplicação de intervenção terapêutica precoce.
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