O MOVIMENTO NEGRO BRASILEIRO E O 20 DE NOVEMBRO: DIA NACIONAL DA CONSCIÊNCIA NEGRA

Emilly Bastos dos Santos, Eduarda Rehbein Ruff, Mozartt Linhares da Silva

Resumo


Após a abolição da escravatura os negros, através de grupos e associações, procuraram maneiras de contornar a marginalização e discriminações postas pela sociedade que recentemente proclamava a República no Brasil. Sendo assim o objetivo do trabalho é analisar a trajetória do Movimento Negro Unificado, mostrando suas etapas, implicações a sociedade brasileira e a importância deste tema inserido nos currículos escolares. Os negros, que enfrentaram diariamente a negação de sua entrada nas escolas, mercado de trabalho, clubes e ambientes públicos, como praças, deram início a formas de mobilização de enfrentamento do racismo. Na era republicana, teve início as primeiras formas de movimento negro, inicialmente através da criação de grupos como grêmios, associações beneficentes, centros cívicos e clubes. Foi a partir dessas entidades que surgiu a “imprensa negra”, que trazia notícias relacionadas à condição social dos negros, suas inquietações e os problemas de racismo na sociedade brasileira. Diante de toda a história deste movimento, temos marcados três fases desta era. A primeira fase é marcada por erguer organizações de perfis distintos e pela transformação em movimento de massa, por meio da Frente Negra Brasileira, considerada a sucessora do Centro Cívico Palmares. Na segunda fase o movimento Negro passou a atuar no campo político, educacional e cultural, com a União de Homens de Cor (UHC) que havia como objetivo adensar a inclusão educacional das chamadas “pessoas de cor”, juntamente com o Teatro Experimental do Negro (TEN) que pretendia não apenas agregar atores negros como organizar processos educativos, passando assim a enfatizar a luta pela conquista dos direitos civis. Na terceira fase (1978-2000) surgiram centenas de entidades negras, sendo a maior delas o Movimento Negro Unificado. Mesmo considerando toda a trajetória de lutas e mobilizações do Movimento Negro Brasileiro, é evidente, ainda, a existência de discriminação e exclusão. Por força destes movimentos, ressalta-se a criação, em 1971, do dia 20 de novembro como o dia da Consciência Negra com o objetivo de contrastar com o dia 13 de maio, comumente comemorado como o dia da abolição da escravatura. O dia 20 de novembro faz alusão a morte de Zumbi dos Palmares, considerado pelo Movimento Negro um símbolo de luta e resistência à escravidão e ao racismo. Embora não seja trabalhado no cotidiano escolar relativo ao assunto, é fundamental lembrar a grande influência a nossa cultura de um modo geral. Responsabilizando as escolas a serem uma ponte entre sociedade e história afro-brasileira.

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