O conceito wearable que faz referência aqueles produtos que podem ser vestidos e que implementa uma forma alternativa de comunicação entre Homem-Computador, é viabilizado através da utilização de sensores. Tal tecnologia pode ser usada para, como nesse caso, a obtenção de dados fisiológicos dos usuários podendo este tipo de informação constituir conhecimento aplicável a procedimentos de medicina preventiva. Nesse contexto, surge o projeto “Computação Aplicada ao Monitoramento e Análise de Pacientes em Pós-consulta”, que visa a criação de produtos voltados para a qualificação do acompanhamento de pacientes em período de pós-consulta e pós-operatório. O presente estudo tem como principal objetivo  desenvolver um produto que possa ser vestido por pacientes, permitindo a aferição de sinais vitais, tais como pulsação cardíaca, pressão arterial, frequência respiratória, entre outros. Dessa forma, faz-se necessário um estudo sobre os sensores que estão disponíveis no mercado para avaliar a viabilidade do seu uso no projeto. Entre os sensores testados no período da bolsa de pesquisa está o de batimentos cardíacos. Esse sensor tem como características vantajosas o tamanho, que por ser pequeno, é ideal para projeto de dispositivos wearable, baixo consumo de energia e preço acessível, fazendo deste sensor uma opção viável para o projeto. O sensor de batimentos cardíacos utilizado nos experimentos baseia-se em uma tecnologia da fotopletismografia, princípio de funcionamento também utilizado em oxímetros de pulso. Pela emissão de luz de um led posicionado no dedo do paciente, um receptor medidor de luz identifica a quantidade de luz refletida pelo dedo. Como o fluxo sanguíneo que passa pelo corpo humano está diretamente relacionado com a frequência cardíaca, é possível relacionar as alterações de intensidade de luz refletida com os batimentos cardíacos. Para realizar a leitura e transformação dos dados retornados pelo sensor em um resultado de frequência cardíaca, uma placa da família Arduino é utilizada. O sensor é conectado a uma das entradas analógicas da placa e internamente convertidos para valores digitais, e posteriormente um algoritmo de programação converte esses dados BPM (batimentos por minuto). Para avaliação dos resultados, foram feitos experimentos comparativos com um medidor de pressão arterial comercial da marca ecoline, modelo LC-150, que também fornece BPM. Os resultados demonstraram que a precisão do sensor é semelhante às medidas do equipamento comercial. Entretanto, o sensor necessita de um tempo de calibração, que para alguns pacientes não ocorreu corretamente. Nesse sentido, ainda é necessário avaliar melhorias no sistema de aquisição e manipulação dos dados, uma vez que os resultados obtidos não permitem o seu teste em campo. Além disso, é fundamental que outras alternativas de sensores sejam avaliadas, a fim de contribuir para a eficiência e, consequentemente, uma maior qualidade do produto final.