A Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), instituída pela Portaria nº 793/2012, visa a ampliação e articulação dos pontos de atenção para pessoas com deficiência. Esta objetiva a qualificação do atendimento a essa população através de sua vinculação, bem como de suas famílias, à rede, garantindo-lhes o cuidado integral. Dessa forma, os serviços públicos voltados às pessoas com deficiência devem assegurar, dentre outras ações, estratégias de capacitação permanente das equipes e gestão que atuam no atendimento desses usuários, em todos os níveis de atenção. No Rio Grande do Sul, especificamente, na 28ª Região de Saúde, a Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência, encontra-se em fase inicial de implementação, o que vem ao encontro da necessidade  de implementar estratégias e ações que visem a capacitação das equipes que prestam assistência a esse público. Nesse contexto, o presente trabalho tem como objetivo evidenciar ações e estratégias, elencadas por profissionais da saúde, educação e assistência social, que aprimorariam a articulação da rede e o cuidado às pessoas com deficiência e suas famílias, a partir dos recursos disponíveis na 28ª Região de Saúde, no Rio Grande do Sul. Este estudo possui abordagem descritiva, qualitativa, realizado a partir do questionamento  “O que podemos fazer para melhorar a articulação da rede com os recursos que temos disponíveis?”, durante a oficina “Articulação em Rede Intersetorial”, desenvolvida no mês de outubro de 2017, com 40  profissionais da saúde, educação e assistência social. Tal oficina, abordou acerca da integração dos serviços profissionais e da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência na 28ª região de saúde e faz parte do cronograma de atividades propostas no projeto “Estratégias de educação permanente em saúde na rede de cuidado à pessoa com deficiência”, vinculado ao Grupo de Estudos e Pesquisa em Saúde (GEPS) da Universidade de Santa Cruz do Sul. A análise de dados foi realizada a partir de Análise de Conteúdo. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade de Santa Cruz do Sul, sob protocolo número 1.300.666.  Os profissionais relataram a importância do protagonismo dos integrantes, de diversos segmentos da Rede, na assistência às pessoas com deficiência e suas famílias. Consideraram a necessidade de respeito ao sujeito e o empoderamento do mesmo, por meio de orientação e esclarecimentos,  no sentido de assegurar seus direitos. Outra ação evidenciada pelos profissionais foi a necessidade de existir encaminhamentos responsáveis, das pessoas com deficiência e de suas famílias, para os serviços que compõe a Rede. Além disso, ressaltaram a indispensabilidade de haver capacitações continuadas dos profissionais bem como promoção de seminários regionais e macrorregionais, voltados, inclusive, à agentes comunitários de saúde. Dessa forma, percebe-se que são diversas as ações e estratégias que podem ser desenvolvidas por profissionais que prestam assistência às pessoas com deficiência e suas famílias, a fim de melhorar a articulação dos serviços da Rede, com os recursos disponíveis, e assim, qualificar o atendimento a essa população, garantindo-lhes o cuidado integral.