ATIVIDADES REALIZADAS PELOS MUNICÍPIOS DA 28ª REGIÃO COM A UTILIZAÇÃO DAS PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES EM SAÚDE (PICS)
Resumo
A assistência à saúde, com relação ao paciente, foi vista de muitas formas ao longo da história. Uma das perspectivas que vigorou durante um longo período foi a baseada em “doença, diagnóstico, cura” um tanto padronizada e até mesmo limitada, assim deixando lacunas em suas aplicações. Hoje, sabe-se que esse padronizar é insustentável e, desde então, algumas medidas foram tomadas para que a saúde no Brasil se tornasse sinônimo de qualidade e humanização, exemplo disso aconteceu em 1988 com o regulamento das Leis Orgânicas da saúde como a 8080/90. A partir dela compreendemos que o cuidar se baseia não apenas no curar, mas em prevenir, planejar, em ter equidade, integralidade e uma série de práticas que ajudaram a desvendar a complexidade de cada indivíduo, de cada sintoma, de cada dor e o que está por trás dos mesmos. Nesse sentido do cuidar integralmente, observando as necessidades de cada indivíduo e da comunidade, temos as PICS (Práticas Integrativas e Complementares), que foram adotadas pelo SUS (Sistema Único de Saúde) como Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PNPICS), em 2006, visando atender as diretrizes, as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e as reivindicações da população para uma mudança no modelo de atenção à saúde. O intuito dessa política é estimular a promoção, proteção e recuperação da saúde, que pressupõe o usuário/paciente na sua integralidade física, mental, emocional, social, ambiental e espiritual, na sua singularidade e coletividade. Ou seja, essas práticas trazem inúmeros benefícios. Sendo assim, esse estudo foi baseado na pesquisa intitulada "Os Processos de Implantação da Política Nacional das Práticas Integrativas e Complementares no âmbito da 28ª Região Sanitária de Saúde-RS", teve como objetivo verificar quais atividades que os municípios da 28ª região de saúde do RS realizaram com a utilização das PICS nos últimos 3 anos. Tendo como metodologia pesquisa qualitativa com aplicações de questionários aos gestores de saúde dos municípios de Pântano Grande, Passo do Sobrado, Rio Pardo, Vera Cruz, Mato Leitão, Gramado Xavier, Venâncio Aires, Sinimbu, Vale do Sol, Vale Verde e Herveiras e com profissionais ligados a rede de saúde indicados por eles. O projeto foi aprovado no Comitê de Ética da UNISC sob o número 2834696. Os questionários foram aplicados no período de julho de 2018 e no total 26 pessoas responderam à enquete. Após a coleta de dados, verificamos que dentre os municípios citados apenas um não oferece à sua comunidade nenhum tipo de atividade integrativa. Sendo que dessas, as práticas mais utilizadas e desenvolvidas são Reiki, Lian Gong e Aromaterapia seguidas por Auriculoterapia, Fitoterapia e Arteterapia. Outro fator que constatamos na pesquisa é que dentre os municípios os que mais apresentaram variedade nas atividades desenvolvidas foram Gramado Xavier e Pantano Grande cerca de 8 modalidades. Frente aos dados coletados, percebemos que a integração das PICS iniciada em 2006, mas que recebeu atribuições e inclusões de outras técnicas ao passar dos anos, é de extrema importância pois, conforme os participantes deste estudo, melhora a qualidade de vida, o humor, o sono, fortalece o organismo, melhora o convívio social, previne doenças e várias outras vantagens. As PICS ainda não são aplicadas regularmente em alguns municípios, porém, tende a ser ampliada cada dia mais pelos benefícios e virtudes geradas.
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