EFEITOS DA ELETROESTIMULAÇÃO FUNCIONAL SOBRE ESPESSURA E FORÇA MUSCULAR DE QUADRÍCEPS FEMORAL EM PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO E TROCA VALVAR: ESTUDO PILOTO

Nadiele Cavalheiro Fischer, Litiele Evelin Wagner, Cassiane de Mendonça Braz, Thais Ermelinda Schulz Benelli, Vanessa de Mello Konzen, Dulciane Nunes Paiva

Resumo


A incidência de doenças cardíacas vem aumentando devido aos hábitos de vida e ao crescente envelhecimento populacional. Com o amplo avanço da medicina, surgiram as cirurgias cardíacas (CC) com o intuito de prolongar a vida dos pacientes. A CC é um procedimento de alta complexidade, sendo que o tipo de cirurgia e o risco variam de acordo com a patologia e o perfil clínico do paciente. Uma das consequências do estresse cirúrgico é a perda de força muscular devido à desregulação no metabolismo proteico e limitação da capacidade de exercício, levando à fraqueza muscular persistente. Uma técnica eficaz na produção de contrações musculares uniformes é a Estimulação Elétrica Funcional (EEF), recrutando o máximo de fibras musculares em pacientes com incapacidade funcional. A EEF apresenta efeito sistêmico agudo benéfico sobre a microcirculação do músculo esquelético, preservando a síntese de proteínas musculares e se tornando eficaz no tratamento de atrofia muscular por tempo prolongado de imobilização no leito. Dessa forma, objetivou-se avaliar os efeitos da EEF em pacientes no pós-operatório (PO) imediato e tardio de revascularização miocárdica e troca valvar sobre a espessura e força muscular de quadríceps. Trata-se de ensaio clínico randomizado, que avaliou pacientes internados no Hospital Santa Cruz (HSC), Santa Cruz do Sul – RS, alocados randomicamente no Grupo Controle (GC – n=4), que realizou reabilitação cardíaca (RC) convencional e Continuous Positive Airway Pressure (CPAP), e no Grupo Intervenção (GI – n=3), que recebeu EEF associada à RC. Foram avaliados os dados clínicos, sociodemográficos e antropométricos no pré-operatório, bem como a frequência cardíaca (FC), pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD), frequência respiratória (FR) e saturação periférica de oxigênio (SpO2). Foram avaliados pacientes do sexo masculino, com idade de 63,57 ± 5,8 anos e Índice de Massa Corporal de 29,52 ± 4,47 Kg/m². Não houve diferença significativa do pré para o pós intervenção no GC e no GI quanto a espessura média dos músculos intermédio direito (p=0,762; p=0,557) e reto direito (p=0,557; p=0,062), bem como na força muscular de quadríceps (p=0,767; p=0,896) respectivamente. Não foram evidenciadas diferenças significativas na espessura dos músculos intermédio direito (p=0,863), reto direito (p=0,973) e força muscular (p=7,45) entre os grupos avaliados. Em conclusão, a EEF não alterou a espessura e a força muscular de pacientes no PO tardio de revascularização miocárdica e troca valvar.


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