AVALIAÇÃO DE DOIS SOLOS RESIDUAIS DO MUNICÍPIO DE ENCRUZILHADA DO SUL - RS PARA APLICAÇÃO COMO CAMADA DE REVESTIMENTO PRIMÁRIO DE ESTRADAS RURAIS

Larissa Caroline Vogt, Taline Koch, Nícholas Matheus Lau, Caroline Castilhos Rezende, Leandro Olivio Nervis

Resumo


O solo vem sendo um dos materiais mais importantes para o homem durante toda a história. Na Engenharia Civil, um importante uso do solo é para a construção de estradas, no qual pode ser utilizado em camadas de base, sub-base ou reforço de pavimento para uma rodovia pavimentada ou ser usado como material principal em uma estrada com revestimento primário. Quanto a esse último, atualmente os critérios para definição do material para ser utilizado estão muito mais por conta da experiência de quem executa do que baseados em conhecimentos geotécnicos. No presente trabalho, foi realizado um estudo experimental com o objetivo de analisar dois tipos de solos com diferentes características para o possível emprego em revestimento primário de estradas vicinais do município de Encruzilhada do Sul-RS. Foram realizadas coletas de amostras do subleito de uma estrada (solo 1), que é um solo residual de gnaisse, e de um solo de área de empréstimo (solo 2), residual de granito, ambas no Município de Encruzilhada do Sul-RS, Brasil. Foram realizados ensaios de laboratório, tais como: análise granulométrica, Limites de Atterberg (Limite de Liquidez e Limite de Plasticidade), ensaios de compactação, Índice de Suporte Califórnia e ensaios voltados a classificação MCT (Miniatura, Compactado, Tropical). Através da análise das curvas granulométricas, constatou-se que o solo 1 classifica-se como areia pedregulhoso-argiloso e que o solo 2 classifica-se como pedregulho arenoso. Com os ensaios realizados, também se chegou ao valor do peso especifico aparente seco máximo, sendo 18kN/m³ para ambos os solos. As umidades ótimas encontradas para o Solo 1 e 2 são 14% e 10,3%, respectivamente. Verificou-se que o solo 1 apresentou um CBR de 3% e o solo 2 um CBR de 20%. Quanto a expansão, o solo 1 apresentou 0,29% e o solo 2 0,15%, sendo então ambos classificados de baixa expansão e atendendo o limite de 2% recomendado pela especificação do DNIT. Por fim, o solo 1 apresentou uma classificação G-MCT na transição entre os grupos Gf-LG’, Gf-LA’ e Gf-NA’. Já o solo 2 pertence ao grupo Ps-NA’. Os resultados foram analisados e discutidos e, a partir disso, foi avaliada a aptidão dos materiais para emprego no revestimento primário de estradas de terra. Concluiu-se que o solo 1 não é apto para funcionar como camada final devido a sua baixa capacidade de suporte demandando, portanto, camada (s) de revestimento primário. O solo 2 não é recomendado como camada final de revestimento primário devido a deficiência de fração argila, mas é adequado para uso em camada de reforço.

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