VALORAÇÃO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS PRODUÇÃO DE MATERIAL NANOESTRUTURADO PARA TRATAMENTO DE EFLUENTES INDUSTRIAIS

Julia alessandra Baierle, Carolina Vieira Barbosa, Enio Leandro Machado, Adriane De Assis Lawisch Rodriguez, Camila Stockey Erhardt

Resumo


A cerâmica se caracteriza por apresentar algumas propriedades fundamentais para a aplicação, como elevada área superficial, baixa densidade, baixa condutividade térmica, permeabilidade controlada e propriedades mecânicas. Tendo em vista que a produção de cerâmica possui várias aplicações, propôs-se aplicá-la no tratamento de efluentes como matriz para a impregnação de semicondutores fotocatalíticos: dióxido de titânio nanoestruturado e dióxido de titânio comercial. Sendo assim, buscou-se comparar a eficiência dos fotocatalisadores utilizados, através do ensaio de fotodegradação do azul de metileno e da rodamina B. Objetivou-se produzir materiais cerâmicos para suporte fotocatalítico e verificar a eficiência dos fotocalisadores. Para a produção do suporte cerâmico foi realizado um método semelhante ao do sacrifício template, a argila foi moída e peneirada a 80 mesh, depois feita uma mistura de 100% de argila e 10% de água. Após este processo, foi realizado a prensagem do suporte. Em seguida, levado à estufa por 24 horas a 100°C, depois colocado em um forno em uma rampa de 1100°C a 1,5ºC por minuto. O dióxido de titânio nanoestruturado foi obtido pela produção em laboratório pelo método de sol-gel, já o dióxido de titânio adicional foi utilizado da categoria comercial. Para a impregnação do material foi realizada uma solução contendo 40 mL de água Milli Q e 10% de fotocatalisador, equivalente a 4g, a solução foi misturada em um agitador. Após homogeneizada a mistura foi colocada em um aparelho que realiza o processo de dip-coating em uma velocidade constante de 1 minuto cada corpo de prova. Os corpos de provas ficaram impregnados com uma média de 0,05 g de fotocatalisador. Para o ensaio de fotodegradação foi usado o corante (azul de metileno e rodamina B) em um reator vertical contendo uma lâmpada UVC de 254nm, onde os materiais cerâmicos ficaram dispostos de forma que a parte impregnada ficasse voltada para a luz UVC e o material submergido no corante. Foram dispostos no reator durante 1 hora, sendo que, a cada 10 minutos foi retirada uma amostra do corante para análise, através de um espectrofotômetro modelo v-1200 da pró-análise, com comprimento de onda de 665nm. Para cada um dos Corpos de prova impregnados foi realizado o teste em triplicata. Na degradação do corante azul de metileno foi obtida uma redução mais eficiente com a utilização do fotocatalisador  TiO2 nanoestruturado com um total de 67% de redução, enquanto o TiO2 comercial reduziu apenas 26%. Além disso, observou-se a influência que a luz UV tem nos resultados, onde para o TiO2 nanoestruturado ajudou a reduzir 21,89% e para TiO2 comercial ajudou a reduzir 20,59%. Na degradação do corante rodamina B verificou-se que o TiO2 nanoestruturado reduziu um total de 42% com influência de 4,5% da luz UV. Já para o TiOcomercial alcançou-se uma redução de 17%, influência da luz UV de 3,9%. Com base nos testes de fotocatálise o TiO2 nanoestruturado obteve mais eficiência em relação ao TiOcomercial tanto com o uso do azul de metileno quanto com o uso da rodamina B, obtendo o melhor resultado usando azul de metileno e TiO2 nanoestruturado com uma redução de 67 %, cabe ressaltar que a partir dos dados obtidos a adição do fotocatalisador aumenta a eficiência da degradação.


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