TECNOLOGIAS NA INDÚSTRIA 4.0: VANTAGENS E DESVANTAGENS
Resumo
O Smart factory ou Indústria 4.0 consiste na implementação de sistemas cyber físicos cujas práticas e técnicas utilizam o uso de internet das coisas (IoT) em fábricas físicas, possibilitando o aprimoramento da produção industrial com maior qualidade e menos custos para as empresas. Esta realidade exige a qualificação de profissionais para operar um sistema complexo e robotizado que tem como fim aumentar a produção em larga escala, realocando os demais trabalhadores se possível em outros setores, a fim de ter um especialista qualificado para atuar nos sistemas de produção. Com previsão de implementação em larga escala até 2020 em países desenvolvidos, essas tecnologias integram toda a indústria horizontal e vertical, fornecem feedback em tempo real viabilizando a fabricação sob encomenda de alta variedade e baixo volume de produtos. Nesse contexto, este trabalho tem como objetivo identificar, classificar e explorar as novas tecnologias enquadradas na indústria 4.0, suas vantagens, desvantagens e resultados. Tem-se, ainda, como objetivos, identificar as competências necessárias para o uso dessas tecnologias, as barreiras para sua implementação e suas possíveis soluções. Concentrando-se na integração de hardware e software, acredita-se que a indústria 4.0 impactará, de forma inédita, o trabalho, a vida cotidiana, e a sociedade como um todo, melhorando, em termos de produtividade, as práticas de fabricação existentes, ocasionando, ainda, o aumento dos níveis globais de renda. A metodologia empregada foi uma revisão narrativa de literatura que consiste em uma analise crítica e pessoal do autor sobre a literatura científica que trata deste tema. Dos resultados encontrados até o momento foi possível identificar, como uma das principais tecnologias enquadradas no conceito, as relativas ao Big Data, em sistemas de monitoramento, dentre outras. Identificou-se, como desvantagens, a carência de estudos que tratam de segurança de dados e informações, o que leva a possibilidade de colapso total da rede em caso de falha de uma de suas partes, como na hipótese de ataques cibernéticos por vírus e hackers. Como exemplo, cita-se o ataque causado por hackers com o software WannaCry que causou danos de nível global, tendo como alvo o Serviço de Saúde do Reino Unido, algumas das maiores empresas da Espanha como a Telefônica, computadores da Rússia, Ucrânia e Taiwan, tendo ainda que ser efetuado o resgate de dados de alguns destes computadores (Özdemir, V.a,b e Hekim, N.c, 2018). Isso gerou uma grande discussão entre analistas de Tecnologia da Informação - TI de todo mundo, já que o ataque foi tão bem elaborado que somente seis horas após o início do mesmo, os analistas em segurança dos locais atacados se deram por conta do que havia acontecido (Hern e Gibbs, 2017).
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