INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO EM AGENDAS GLOBAIS: A contribuição dos ODM e ODS na a construção da governança para o desenvolvimento sustentável
Resumo
A agenda global contemporânea apresenta-se como um incomensurável desafio à diplomacia entre as nações. Da trajetória dos últimos 15 anos com os ODM aos encaminhamentos da agenda ODS ou pós-2015, há uma novidade. É possível avançar com agendas globais quando estas são planejadas por instâncias legitimas em todo o ciclo que as produz, do pré-agendamento, formulação à avaliação por mecanismo de gestão e governança capazes de produzir enraizamento social. O objetivo deste artigo é abordar, exploratoriamente, como os ODM e ODS vem demonstrando a relevância para os pactos globais, em termos de processos e conteúdos, de abordar suas agendas com ações de planejamento e governança, por meio de metas, indicadores e instituições que contribuem para o enraizamento social das temáticas em foco. Metodologicamente amparou-se em pesquisa documental e bibliográfica. Conclui-se com o entendimento de que a pobreza é a temática fundante dos ODM. Tratá-la como fenômeno multidimensional é abordar a temática do desenvolvimento sob a mesma perspectiva. Uma abordagem multidimensional da gestão e governança para o desenvolvimento vem emergindo das dinâmicas e da institucionalidade construídas ao longo dos últimos anos, para os ODM e que oferecem profícuo caminho para a implementação dos ODS e para uma agenda de pesquisa sobre governança global para o desenvolvimento sustentável. Por fim, a perspectiva de governança global sugerida por estas agendas são uma alternativa, em construção, do seguinte entendimento: é possível falar em agendas globais por arquiteturas decisórias que suplantem caminhos declaratórios, oferecendo elementos vivenciais que merecem ser objeto de estudos futuros.
Palavras-chave: Objetivos de Desenvolvimento do Milênio; Objetivos de Desenvolvimento Sustentável; Pacto Global; Fim da Pobreza; Agenda Pós-2015.
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