OLERICULTURA NO ALTO VALE DO ITAJAÍ: IMPACTOS DA ATIVIDADE NAQUELE ESPAÇO GEOGRÁFICO

Andrei Stock

Resumo


A sociedade só pode ser definida através do espaço, já que o espaço é o resultado da produção, uma decorrência de sua história, da história dos processos produtivos impostos ao espaço pela sociedade. O grande salto mundial tanto em termos de população como na produção e no consumo nos últimos cinqüenta anos, evidencia a insustentabilidade do modelo capitalista de consumo frente à natureza. Tais curvas se identificam claramente com a expansão do sistema capitalista neoliberal. Os estados adeptos desta política econômica deixaram de ter o papel centralizador das instituições, de gestão e de integração social, para serem indutores de crescimento e competitividade, enfraquecendo os direitos sociais, ambientais e destruindo as coletividades públicas. O território surgiu como uma nova unidade de governança, situada entre a escala local e a escala nacional, representa uma possibilidade de resposta articulada entre o setor público e a sociedade civil para enfrentar as causas do subdesenvolvimento. A olericultura surge como uma alternativa para o desenvolvimento do campo, em especial para a agricultura familiar, pois pode proporcionar bons resultados em pequenas áreas de cultivo e a demanda de mercado é crescente. Na região do Alto Vale do Itajaí, em especial nas cidades de Ituporanga, Aurora, Atalanta, Petrolândia, Chapadão do Lageado e Alfredo Wagner a olericultura é baseada no monocultivo da cebola. Nos últimos anos esse monocultivo tem causado diversos problemas, desde os ocasionados pelo uso excessivo de agrotóxicos, causando danos a saúde e degradação ambientais, degradação do solo, contaminação dos mananciais, e também problemas sociais, tais como, o êxodo rural.

PALAVRAS-CHAVE: Espaço, Modelo capitalista, Subdesenvolvimento, Alto Vale do Itajaí.


Texto completo:

PDF

Apontamentos

  • Não há apontamentos.


ISSN 2447-4622