O artigo discute o papel desempenhado pelo ensino de história na educação básica, através da utilização de elementos trazidos pela Nova História Cultural. Buscamos relacionar como as noções do passado, concebidas pelo professor de história, se relacionam com os conceitos de representação social, monumentalidade e produção da memória social, ambos inscritos na dimensão da educação patrimonial e de uma perspectiva inovadora para o ensino da história, contribuindo, desta forma, para a formulação de estratégias metodológicas, na perspectiva de desenvolver a região de sua atuação profissional. Através das relações possíveis existentes entre esses conceitos, acreditamos se tornar possível, um ensino de história pautado não apenas no estudo das fontes tradicionalmente concebidas pela escola (livro didático, vídeos, etc.), mas também no exercício crítico de interpretação sobre os lugares de memória. Nossa pesquisa busca contribuir para a criação de novas estratégias de ensino-aprendizagem da história, se propondo a levar para a sala de aula novos elementos simbólicos, como os monumentos históricos e outros diversos lugares de memória, promovendo uma leitura crítica dos espaços e ressaltando a educação patrimonial enquanto um vetor de inovação para o ensino de história para além da sala de aula. Com isso acreditamos ser possível lançar outros “olhares” sobre a produção do espaço geográfico no qual se insere o passado. Esses novos olhares, por sua vez, permitem ao professor de história explorar novos objetos da história, muitas vezes renegados por outras fontes empregadas no ensino da história na escola brasileira.