ANÁLISE DO TURISMO COMUNITÁRIO “INDÍGENA” NA AMAZÔNIA COMO ESTRATÉGIA DE PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL: UM ESTUDO DA REGIÃO DA VALÉRIA (PARINTINS-AM).
Resumo
O objetivo deste artigo é descrever a experiência de ecossocioeconomia de turismo comunitário promovido na região da boca da Valéria no estado do Amazonas, principalmente relacionado ao turismo comunitário “indígena”. O principal enfoque abordado nesta pesquisa foram o da identidade cultural e a problemática ambiental e como eles são manipulados para a obtenção de uma maior lucratividade. A metodologia utilizada nesta pesquisa preliminar vem ao encontro do material de outros estudos pesquisado em campo, bem como aqueles coletados na literatura e extraídos de documentos oficiais, portanto a forma empírica está embasada de teoria. Ao colocar o turismo comunitário como promotora do desenvolvimento de base local. Teremos, incialmente, dois objetos importantes como arcabouço teórico para a realização deste estudo. De um lado, será analisado o turismo comunitário “indígena” na Amazônia e, de outro, a sujeição da cultura local pela indústria do turismo. Verifica-se no caso do turismo comunitário da região da Valéria, a preferência por parte da indústria do turismo, pelo turismo indígena em detrimento da cultura local. Com o passar dos anos, essa imposição tornou-se deletéria tanto para a cultura local (ribeirinha) quanto para a sustentabilidade da própria atividade turística, quando a região é apresentada com um patrimônio cultural inventado, com intensa mercantilização da cultura, através do comercio ilegal de souvenir e a principal de todas, a sujeição da cultura local. Portanto, é possível aprontar, com os argumentos exposto neste estudo, que o turismo comunitário “indígena” da região da Valéria é insustentável no longo prazo.
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