ANÁLISE DO TURISMO COMUNITÁRIO “INDÍGENA” NA AMAZÔNIA COMO ESTRATÉGIA DE PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL: UM ESTUDO DA REGIÃO DA VALÉRIA (PARINTINS-AM).

Autores

  • William de Souza Barreto Doutorando em Desenvolvimento Regional - FURB. Bolsista da Fundação de Amparo à pesquisa do Estado do Amazonas – FAPEAM.
  • Carlos Alberto Cioce Sampaio Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Regional - FURB. Programa de Pós-graduação em Gestão Ambiental - UP.
  • Cristiane Mansur de Moraes Souza Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Regional - FURB.
  • Oklinger Mantovaneli Junior Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Regional - FURB.

Resumo

O objetivo deste artigo é descrever a experiência de ecossocioeconomia de turismo comunitário promovido na região da boca da Valéria no estado do Amazonas, principalmente relacionado ao turismo comunitário “indígena”. O principal enfoque abordado nesta pesquisa foram o da identidade cultural e a problemática ambiental e como eles são manipulados para a obtenção de uma maior lucratividade. A metodologia utilizada nesta pesquisa preliminar vem ao encontro do material de outros estudos pesquisado em campo, bem como aqueles coletados na literatura e extraídos de documentos oficiais, portanto a forma empírica está embasada de teoria. Ao colocar o turismo comunitário como promotora do desenvolvimento de base local. Teremos, incialmente, dois objetos importantes como arcabouço teórico para a realização deste estudo. De um lado, será analisado o turismo comunitário “indígena” na Amazônia e, de outro, a sujeição da cultura local pela indústria do turismo. Verifica-se no caso do turismo comunitário da região da Valéria, a preferência por parte da indústria do turismo, pelo turismo indígena em detrimento da cultura local. Com o passar dos anos, essa imposição tornou-se deletéria tanto para a cultura local (ribeirinha) quanto para a sustentabilidade da própria atividade turística, quando a região é apresentada com um patrimônio cultural inventado, com intensa mercantilização da cultura, através do comercio ilegal de souvenir e a principal de todas, a sujeição da cultura local. Portanto, é possível aprontar, com os argumentos exposto neste estudo, que o turismo comunitário “indígena” da região da Valéria é insustentável no longo prazo.

Biografia do Autor

  • William de Souza Barreto, Doutorando em Desenvolvimento Regional - FURB. Bolsista da Fundação de Amparo à pesquisa do Estado do Amazonas – FAPEAM.

    Doutorando em Desenvolvimento Regional no Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Regional da Universidade Regional de Blumenau. Pesquisador do Núcleo de Pesquisa em Politicas Publicas - NPP/FURB. Bolsista da Fundação de Amparo à pesquisa do Estado do Amazonas – FAPEAM, Edital 003/2014 RH-Interiorização. E-mail: wbarretow@gmail.com

  • Carlos Alberto Cioce Sampaio, Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Regional - FURB. Programa de Pós-graduação em Gestão Ambiental - UP.
    Doutor em Engenharia de Produção pela UFSC com sandwich em Economia Social pela École dês Hautes Études en Sciences Sociales, França. Pós-Doutor em Ciências Ambientais pela Washington State University, USA, em Cooperativismo Corporativo pela Univesidad de Mondragón, Espanha, e em Ecossoecionomia pela Universidad Austral de Chile. Professor dos Programas de Pós-Graduação (PPG) em Desenvolvimento Regional/FURB, Gestão Ambiental/UP e em Meio Ambiente e Desenvolvimento/UFPR. Professor Visitante do PPG em Desenvolvimento à Escala Humana e Economia Ecológica/UACh. Pesquisador CNPq. Coordenador Adjunto da Área em Ciências Ambientais/CAPES. E-mail: carlos.cioce@gmail.com
  • Cristiane Mansur de Moraes Souza, Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Regional - FURB.

    Doutora em Interdisciplinar em Ciências Humanas pela Universidade Federal de Santa Catarina. Foi professora visitante na PUC-PR, no programa de pós-graduação em Gestão Urbana. Pertence ao quadro permanente de professores do Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Regional da Universidade Regional de Blumenau/FURB. Realizou estágio sênior em Ciências Ambientais (bolsista CAPES) na Washington State University, Pullman, WA, EUA e mestrado na Oxford Brookes University, Oxford, Inglaterra. E-mail: arqcmansur@gmail.com

  • Oklinger Mantovaneli Junior, Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Regional - FURB.

    Doutor em Sociologia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP (2001) com pós-doutorado em Planejamento e Gestão do Território pela UFABC. Bacharel em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília - UnB (1990), Mestre em Administração (com ênfase em política e planejamento governamental) pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC (1994). É pesquisador do CNPQ e Lidera o Núcleo de Políticas Públicas. É membro do quadro de professores do Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Regional da Universidade Regional de Blumenau/FURB.E-mail oklinger@furb.br

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Publicado

2017-10-31

Edição

Seção

VIII SIDR - Eixo 3 - Redes, Sociedade e Políticas Públicas em contextos regionais