O protagonismo do Movimento de Mulheres Camponesas na construção da Política de Saúde das Populações do Campo, da Floresta e das Águas.
Resumo
Reconhecer e valorizar o protagonismo de diferentes atores sociais nos processos de conquista e garantia de direitos é um passo importante no sentido de compreender as ações coletivas como produtoras de mudanças nas dinâmicas locais, regionais e nacionais. Este artigo busca analisar a atuação do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC) no processo de construção da Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo, da Floresta e das Águas (PNSIPCFA). A partir de uma abordagem qualitativa, as técnicas e instrumentos consistiram na realização de observação participante, entrevista exploratória e grupo focal. Como resultados, evidencia-se o protagonismo do MMC na defesa da efetivação da política a partir de espaços representativos de planejamento, elaboração e avaliação, como Grupo da Terra, responsável pelo processo de construção da PNSIPCFA, observatório desenvolvido para avaliar a referida política, Conselhos Municipais de Saúde. O MMC realiza ações de enfrentamento, resistência e pressão do Estado por meio de marchas, caminhadas e atos públicos em parceria com outras organizações em defesa da saúde pública e efetivação da PNSIPCFA. Também é protagonista no que se refere a ações de formação/capacitação interna para a disseminação e compreensão do conteúdo da política.
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