O protagonismo do Movimento de Mulheres Camponesas na construção da Política de Saúde das Populações do Campo, da Floresta e das Águas.

Autores

  • Andressa Bertoncello Valandro Universidade Comunitária da Região de Chapecó
  • Rosana Maria Badalotti Universidade Comunitária da Região de Chapecó
  • Maria Elisabeth Kleba Universidade Comunitária da Região de Chapecó

Resumo

Reconhecer e valorizar o protagonismo de diferentes atores sociais nos processos de conquista e garantia de direitos é um passo importante no sentido de compreender as ações coletivas como produtoras de mudanças nas dinâmicas locais, regionais e nacionais. Este artigo busca analisar a atuação do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC) no processo de construção da Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo, da Floresta e das Águas (PNSIPCFA). A partir de uma abordagem qualitativa, as técnicas e instrumentos consistiram na realização de observação participante, entrevista exploratória e grupo focal. Como resultados, evidencia-se o protagonismo do MMC na defesa da efetivação da política a partir de espaços representativos de planejamento, elaboração e avaliação, como Grupo da Terra, responsável pelo processo de construção da PNSIPCFA, observatório desenvolvido para avaliar a referida política, Conselhos Municipais de Saúde. O MMC realiza ações de enfrentamento, resistência e pressão do Estado por meio de marchas, caminhadas e atos públicos em parceria com outras organizações em  defesa da saúde pública e efetivação da PNSIPCFA. Também é protagonista no que se refere a ações de formação/capacitação interna para a disseminação e compreensão do conteúdo da política.

Biografia do Autor

  • Andressa Bertoncello Valandro, Universidade Comunitária da Região de Chapecó
    Possui graduação em Psicologia pela Universidade Comunitária da Região de Chapecó - UNOCHAPECO (2007), Pós Graduação Lato Sensu em Psicologia: práticas sociais e desafios contemporâneos pela Universidade Comunitária da Região de Chapecó - UNOCHAPECO (2009) e Pós Graduação Lato Sensu em Saúde Coletiva pela Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS (2013). Mestranda no Programa de Pós Graduação Strictu Sensu em Políticas Sociais e Dinâmicas Regionais pela Universidade Comunitária da Região de Chapecó - UNOCHAPECO (em andamento). Possui experiência em docência no Ensino Superior na Unochapecó e UnC - Universidade do Contestado - Campus Concórdia; e docência no Ensino Técnico na Unidade SENAC Concórdia.
  • Rosana Maria Badalotti, Universidade Comunitária da Região de Chapecó
    Doutora em Ciências Humanas (UFSC). Docente do Programa de Pós Graduação Stricto Sensu – Mestrado Profissional em Políticas Sociais e Dinâmicas Regionais da Unochapecó
  • Maria Elisabeth Kleba, Universidade Comunitária da Região de Chapecó
    Possui graduação em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina (1981), mestrado em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina (1992), doutorado em Filosofia - Universitat Bremen (2000), convalidado pelo Programa de Pós Graduação em Enfermagem da UFSC, especialização em Ativação de Mudanças na Formação Profissional em Saúde pela ENSP/Fiocruz (2006) e pós doutorado em enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina (2012). Atualmente é professor da Area de Ciências da Saúde e dos Programas de Pós-Graduação em Políticas Sociais e Dinâmicas Regionais (Mestrado Profissional) e em Ciências da Saúde (Mestrado e Doutorado) da Universidade Comunitária da Região de Chapecó - Unochapecó. Tem experiência na área de Saúde Coletiva, com ênfase em Gestão de Políticas Públicas, bem como na área da Educação, com ênfase no Ensino em Saúde e em Enfermagem, atuando principalmente nos seguintes temas: planejamento e gestão em saúde; participação comunitária e controle social; educação e ensino na saúde; metodologias participativas na produção do conhecimento. Foi Coordenadora dos projetos aprovados pela Unochapecó nos editais do Ministério da Saúde: Pró-Saúde e Pró-PET-Saúde, de 2006 a 2015. Coordena o Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas e Participação Social e é membro da International Collaboration on Participatory Health Research (ICPHR), desde 2012. Participa ainda como membro da Rede-Roda de Conversas: Diálogos sobre metodologias de pesquisa-ação participativa, que tem reunido pesquisadores para compartilhar e construir conhecimentos e experiências, fortalecendo essa abordagem de pesquisa no Brasil.

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Publicado

2017-10-09

Edição

Seção

VIII SIDR - Eixo 3 - Redes, Sociedade e Políticas Públicas em contextos regionais