ANÁLISE DAS VANTAGENS COMPARATIVAS E ORIENTAÇÃO REGIONAL DAS EXPORTAÇÕES DO TABACO BRASILEIRO NO PERÍODO DE 2006 A 2016
Resumo
O artigo objetiva avaliar as vantagens comparativas reveladas e a orientação regional das exportações brasileiras de tabaco entre 2006 e 2016. Para esta análise, calcularam-se os índices de vantagens comparativas reveladas (VCR) e de orientação regional (IOR). Conclui-se que o Brasil apresenta vantagem comparativa revelada em relação à exportação de tabaco no período selecionado. Destaca-se, entretanto, que a partir de 2010 o VCR iniciou um movimento de declínio em função da queda de 9,53% nas exportações brasileiras derivada da crise do subprime. Em relação à orientação regional destas exportações, frisa-se a não existência desta até 2013, para a UE (exceto entre 2007 e 2008) e para a China, bastante influenciadas pela valorização cambial, e, principalmente pela incidência de tarifas à importação. Após 2013 há reversão desta tendência. Não há orientação regional das exportações para os EUA em todo o período estudado devido à forte proteção de seu mercado interno (aplicação da tarifa de 350% “ad valorem”). Ainda, à exemplo dos EUA, não há orientação regional para a Argentina, Índia e resto do mundo. Assim, vê-se que a prática exacerbada de medidas protetivas, realizada principalmente pelos países desenvolvidos, acaba prejudicando a dinâmica comercial mundial. Com isso, a realização de acordos entre países ou mesmo blocos econômicos auxiliaria na redução e possível abolição da utilização de tarifas e barreiras não-tarifárias entre o Brasil e os países destacados no presente estudo. Isto poderá promover não só a manutenção, bem como viabilizar melhorias nas relações comerciais deste mercado extremamente ativo.
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