O artigo discute as transformações tecnológicas na agricultura e no que diz respeito as suas interações com o meio ambiente, dando ênfase aos surgimentos de agriculturas sustentáveis e os conceitos que sustentam a produção agroecológica e a orgânica. Com o avanço tecnológico da modernização agrícola no campo, os movimentos sociais agrícolas voltados à agricultura sustentável passaram a ganhar espaços antes inexistentes. Dentre as diversas práticas agrícolas que considera os equilíbrios ecológicos naturais está a agroecologia. Para esta reflexão, o trabalho procura analisar quais as características que distinguem e/ou aproximam a agroecologia e o sistema de produção orgânico. Com base em um levantamento bibliográfico desenvolve a contextualização e embasamento do texto. Observa-se que a agroecologia pode servir como base para a produção orgânica, porém, não se pode cometer o equívoco de confundir ambas, pois o conceito de agroecologia a considera como ciência, a qual surge a partir da busca por bases teóricas, enquanto a orgânica é considerada um sistema de produção. A produção orgânica dispõe de maiores debates e políticas públicas, impulsionadas por perspectivas de avanço a nível de mercado. Consequentemente há um risco no aumento da escala de produção orgânica, principalmente se for apenas efetuada a substituição de insumos agroquímicos convencionais por insumos orgânicos, não respeitando os princípios ecológicos defendidos pela agroecologia.