As cidades inteligentes são um fenômeno novo e complexo que se desenvolve ancorado na tecnologia, nas organizações, na sociedade civil e no governo, que interagem e inovam para criar um ecossistema urbano sustentável, resiliente e economicamente próspero. Para que isso aconteça, várias dimensões urbanas e partes interessadas precisam cooperar. Apesar da inegável amplitude e complexidade do conceito, pouco se sabe sobre as dimensões e elementos centrais que tornam as cidades mais inteligentes. Com este problema em mente, este estudo tem como objetivo identificar as dimensões e os elementos que dão forma às cidades inteligentes. Para isso, foi realizada uma revisão sistemática da literatura apoiada pelo protocolo PRISMA-P. Os resultados mostram sete dimensões compostas por diferentes elementos que, ao interagirem, tornam-se facilitadores transformacionais dos espaços urbanos. Para que uma cidade seja inteligente, estas dimensões precisam atuar em uma rede retroalimentada, capaz de aumentar a qualidade de vida dos cidadãos, a resiliência urbana e o desenvolvimento sustentável. Esta pesquisa é um pequeno passo que visa ampliar as discussões sobre o tema e nortear estudos futuros relacionados às dimensões urbanas e as dinâmicas territoriais para o desenvolvimento de cidades inteligentes.