Eurocentrismo, nazismo e integralismo no desenvolvimento de Blumenau e suas consequências: racismo, invisibilização, exclusão

Nelson Afonso Garcia Santos

Resumo


Visando contribuir com as reflexões sobre desenvolvimento urbano, inclusão social e minorias, apresenta-se este artigo que evidencia o eurocentrismo, o nazismo e o integralismo no desenvolvimento da cidade de Blumenau (SC). A partir destes fundamentos, veremos que existiu um conjunto de práticas racistas com os povos originários e negros desde a formação da colônia, favorecendo não a inclusão social, mas sobretudo, a expulsão dos indígenas da cidade e a invisibilização de negros, colocando-os para trás dos morros da cidade, longe das vistas das pessoas brancas e ricas. Apresenta-se que, embora os colonizadores alemães, que para cá vieram não convivessem com a escravidão em seu país, eles conheciam teorias racistas que colocavam as pessoas brancas como superiores as pretas e indígenas. Com a chegada do nazismo e do integralismo essa concepção de relação racista entres humanos se amplia e efetiva-se ações que expulsam as pessoas pretas do centro da cidade. Este artigo, entretanto, não fica apenas na apresentação dos efeitos que as abordagens eurocêntricas, nazistas e integralistas proporcionaram às pessoas originárias e pretas. Apresenta, também, abordagens que podem contribuir para avançar na construção de um esperançar rumo a uma cidade melhor, através das perspectivas do bem viver, da cosmovisão do ubuntu, de uma educação para além do capital e das contribuições da tecnociência. As informações que aqui se apresentam resultam de pesquisa bibliográfica e de entrevistas com pessoas pretas nascidas na “aldeia” Blumenau.


Texto completo:

PDF

Apontamentos

  • Não há apontamentos.


ISSN 2447-4622