VIESES COMPORTAMENTAIS E O FLUXO DE CAPITAL: UMA ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DE EMPRESAS DE CAPITAL ABERTO NO DESENVOLVIMENTO REGIONAL
Resumo
O presente estudo investiga a influência dos vieses comportamentais na dinâmica dos fluxos de capital e suas implicações para o desenvolvimento regional. Partindo da literatura de finanças comportamentais, analisam-se os efeitos de vieses como o home bias, o viés de familiaridade e a aversão à perda sobre as decisões de investimento. Utilizando uma abordagem quantitativa e qualitativa, foram examinados dados de fluxos de capital em ativos de capital aberto negociados na bolsa de valores brasileira, B3, utilizando como sujeitos da pesquisa, nove empresas originárias do estado do Rio Grande do Sul, com operações na região noroeste do estado, assim como, identificado o PIB per capita por regiões do Brasil e a captação de recursos por empresas de capital aberto do país. A articulação entre os pressupostos das finanças comportamentais e a formulação de políticas públicas revela-se essencial para a atenuação das disparidades territoriais e para a promoção de um padrão de crescimento regional mais equitativo. Os achados da pesquisa indicam que vieses cognitivos, como o home bias, o viés de familiaridade e a aversão à perda, influenciam de maneira significativa a alocação de recursos, favorecendo a concentração de investimentos em empresas situadas em regiões com maior visibilidade ou consolidação histórica nos mercados financeiros, em detrimento de áreas periféricas, a exemplo da região noroeste do estado do Rio Grande do Sul.Downloads
Publicado
2025-11-18
Edição
Seção
GT 10 Indústria e Território no Brasil no século XXI