MULHERES QUILOMBOLAS E A REPRODUÇÃO SOCIAL DA VIDA NAS COMUNIDADES REMANESCENTES DE QUILOMBO

Autores

  • Saritha Denardi Vattathara Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Hector do Santos Facco Universidade Federal de Santa Maria
  • Alisson Vicente Zarnott Universidade Federal de Santa Maria
  • José Marcos Froehlich Universidade Federal de Santa Maria

Resumo

O objetivo do presente trabalho é identificar elementos da reprodução social em duas comunidades quilombolas do Centro Serra, sendo elas Júlio Borges (Salto do Jacuí) e Linha Fão (Arroio do Tigre), com foco na participação das mulheres nesse processo. Para tal, utilizou-se da pesquisa participante, tendo como principais métodos para realização do estudo a observação participante aliada ao processo de entrevistas de caráter aberto ou não-estruturado,. O processo histórico de desenvolvimento das comunidades quilombolas demonstram as estratégias de resistência e de produção/reprodução social, destaca-se a) as particularidades nas relações de gênero, com relações que pressupõem um maior grau de igualitarismo; b) as relações mais cooperativas entre as mulheres das comunidades, principalmente na criação dos filhos; c) a relação das mulheres com as estratégias de produção de alimentos e alimentação; e d) a participação política na organização das comunidades. Por fim, conclui-se que as mulheres desempenham atividades fundamentais no trabalho que gera renda para as famílias, nos trabalhos de manutenção e alimentação dos membros familiares, como também nas atividades que preservam e recriam as histórias, a cultura e as tradições dentro das comunidades quilombolas.

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Publicado

2019-10-25

Edição

Seção

IX SIDR - Eixo 4 - A dimensão cultural nos processos e políticas de Desenvolvimento Regional