COMUNIDADE E MÉTODOS ALTERNATIVOS DE PACIFICAÇÃO DE CONFLITOS: PARCERIA EM BUSCA DA EMANCIPAÇÃO DO SUJEITO
Resumo
Em um mundo cada vez mais globalizado, as relações humanas são constituídas por redes, onde pessoas se conhecem de maneira transitória e têm maior facilidade em romper suas conexões e valores morais, por não ter a real compreensão do sentido de laços humanos e de comunidade, e o quanto esse processo fragiliza as afinidades e acaba suscitando conflitos sociais. Neste cenário, o presente estudo tem objetivo abordar a importância da comunidade local na efetivação de políticas públicas alternativas e comunitárias de pacificação de conflitos. São pontuados e discutidos os principais fatores que circundam o seu empoderamento, onde um dos desafios centrais é demonstrar que a ela, a comunidade, possui condições reais de (re)estabelecer o compartilhamento de responsabilidade com o Estado, através de um espaço democrático e igualitário. Cotejado esses aspectos, apresenta-se as novos métodos de pacificação de conflitos – a mediação comunitária e as práticas restaurativas – que correspondem a mecanismos aptos para (re)estabelecer a comunicação entre todos os atores, contribuindo para o resgate de vínculos de cooperação, confiança e fraternidade, uma vez que se apresentam como uma proposta de pacificar os conflitos, que são inerentes à convivência social, no local onde surgem. E a partir desse (re)estabelecimento fomentar o empoderamento social e a autonomia para pacificar seus próprios conflitos, servindo de mecanismo para emancipar o sujeito e assim, concretizar os direitos fundamentais. Para tanto, utilizou-se o método hipotético dedutivo, baseado em levantamento bibliográfico.
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