O artigo abordará a temática do reconhecimento de novos vetores culturais na construção de uma cultura de não reprodução da violência contra gênero. Este texto objetiva discutir a necessária compreensão do estudo sobre gênero e seus fatores culturais evolutivos, que permearam ao longo da história da humanidade os fatores inerentes à reprodução social do que hoje entendemos sobre gênero; para a partir dessa digressão, abordarmos alguns elementos de formação  estatal da sociedade brasileira e posteriormente, apontarmos mecanismos possíveis de construção de uma nova cultura de entendimento sobre gênero utilizando-se das práticas restaurativas para tanto. Assim, esse novo reconhecimento cultural, passará necessariamente, pelo uso de uma linguagem que reproduz uma comunicação não-violenta através de mecanismos pacificadores durante a mediação da comunicação ou das falas dos indivíduos, construindo-se também uma proposta de escutas ativas nesse processo linguístico.