O artigo examina alguns dados sobre a realidade de jovens negros pobres no contexto social brasileiro de acordo com o conceito jurídico da discriminação múltipla presente nos tratados e convenções internacionais de Direitos Humanos. A proposta deste artigo é contribuir para uma melhor compreensão das situações discriminatórias e da discriminação múltipla. Assim, utiliza-se o conceito de discriminação interseccional a partir dos aportes vindos do feminismo negro estadunidense e dos elementos que o compõem, como interseccionalidade e estruturas de subordinação. Além disso, busca-se um aprofundamento do tema com os estudos advindos da teoria queer, de modo específico no conceito de performatividade e a visualização dos efeitos das relações de poder sobre as identidades em intersecção e as estruturas discriminatórias.