A experiência do PROEJA Indígena no Instituto Federal do Amazonas: Campus Tabatinga
DOI:
https://doi.org/10.17058/agora.v24i1.17003Palavras-chave:
Educação Emancipadora, Educação Escolar Indígena, Formação Docente.Resumo
Este artigo é fruto das pesquisas realizadas no Programa de Pós-Graduação em Educação Agrícola da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Tem como objetivo apresentar algumas reflexões acerca das questões históricas da EJA e o Programa de Integração da Educação Profissional Técnica de Nível Médio ao Ensino Médio na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (PROEJA). Nesta investigação utilizamos a pesquisa qualitativa, considerando o universo das crenças, os valores, atitudes, motivações e histórias dos sujeitos individuais e coletivos. Ela permitiu explorar as questões históricas do PROEJA, em especial, os indígenas da etnia Tikuna, no IFAM – Instituto Federal do Amazonas, Campus Tabatinga. Dialogamos ainda com as legislações, decretos, portarias e a Constituição Federal de 1988. Documentos oficiais que trazem novas concepções da Educação Escolar Indígena, comunitária, intercultural, bilíngue/multilíngue, específica e diferenciada, numa estreita relação com as políticas públicas, formação docente e projetos político-pedagógicos emancipadores, além de interagir com as comunidades pesquisadas nos encontros, reuniões, festas e demais eventos. Nos resultados verificamos que, mesmo sob condições adversas, a educação escolar indígena possui experiências bastante ricas, pautadas na formação crítica e emancipadora dos sujeitos, valorizando as histórias de vida, memórias, preservação da identidade cultural, além da articulação com os movimentos indígenas e demais lutas camponesas.
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