Redes sociais, pobreza e acesso ao mercado de trabalho: qual sistema de intermediação de trabalho alcança a população pobre?
DOI:
https://doi.org/10.17058/agora.v24i1.17107Resumo
O artigo apresenta uma análise das estratégias de intermediação de trabalho que são mobilizadas por populações pobres quando procuram uma ocupação. Tomando como referência empírica as trajetórias ocupacionais de pessoas beneficiadas no Programa Minha Casa, Minha Vida, na cidade de Santa Cruz do Sul (Rio Grande do Sul), indica-se que a dimensão da intermediação de trabalho precisa ser considerada na análise da situação (precária) das populações pobres nos mercados de trabalho. Nesse sentido, o artigo aponta a importância das relações pessoais, familiares e comunitárias nas estratégias de inserção e de permanência das populações pobres nos mercados de trabalho. Por outro lado, destaca as implicações decorrentes dos limites de atuação do sistema público de proteção ao trabalho e, em decorrência, da violação ao direito de ter acesso a formas públicas de intermediação ocupacional.
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