Embalagens vazias de agrotóxicos: avaliação dos fumicultores da Linha João Alves, município de Santa Cruz do Sul, RS
DOI:
https://doi.org/10.17058/agora.v19i1.5609Palavras-chave:
tabaco, agrotóxico, embalagens vazias, Santa Cruz do Sul, Linha João AlvesResumo
Embora o tabaco se constitua em uma importante fonte de renda para várias famílias do Vale do Rio Pardo, o uso de agrotóxicos nesta cultura é responsável por muitos problemas ambientais e de saúde pública nesta região. Através de entrevistas realizadas na localidade de Linha João Alves, município de Santa Cruz do Sul, RS, o presente estudo apresentou como objetivos caracterizar os produtores e principais agrotóxicos utilizados por estes, identificar as formas de descarte das embalagens vazias utilizadas na lavoura do tabaco, verificando os possíveis impactos ao meio ambiente e à saúde decorrentes destas práticas. Conforme os dados obtidos, os fumicultores analisados caracterizam-se por serem pequenos produtores rurais, sendo a área média destinada à fumicultura de apenas 3,9 ha. Consideraram indispensável o uso de agrotóxicos na produção, sendo Primeplus®, Orthene®, Confidor®, Gamit®, Roundup®, Actara® e Rovral® os principais citados, sendo a maioria deles pouco tóxicos. No entanto, um deles (Gamit) é classificado como altamente tóxico, e outro (Actara) como medianamente tóxico. Apesar de adquirirem o Equipamento de Proteção Individual (EPI), através do pacote tecnológico das empresas fumageiras, a maioria dos entrevistados declarou não utilizá-lo devidamente. Todas as embalagens vazias de agrotóxicos utilizadas na localidade estão sendo recolhidas, conforme exigido pela Lei n.º 9.974, de 06 de junho de 2000. Desta forma, os impactos negativos provenientes do descarte das embalagens vazias estão sendo minimizados, embora estudos laboratoriais façam-se necessários para uma análise mais minuciosa.Downloads
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