Agroecologia, relações produtivas e de gênero na agricultura familiar: o estudo de caso da associação de produtores agroecológicos sementes do futuro de Atalanta - SC
DOI:
https://doi.org/10.17058/agora.v17i2.6675Palavras-chave:
Agricultura, Agroecologia, GêneroResumo
As transformações ocorridas na agricultura familiar nos últimos quarenta anos têm incitado estudos no ponto de vista social, intelectual e no campo político. Entre as perspectivas enfocadas destacam-se a reprodução social, as políticas públicas, a sucessão da propriedade familiar, as relações de gênero, as relações produtivas, entre outros. Neste cenário, a agroecologia vem sendo considerada uma alternativa de geração de renda e de fixação das populações no campo, de manutenção das relações produtivas, por meio de melhoria das condições de vida renda e de trabalho. Ela tem promovido alterações nas relações de gênero e rearranjos familiares à medida que o trabalho feminino deixa de ser invisibilizado. Neste contexto, este estudo objetiva analisar a importância da agroecologia como promotora de equidade de gênero e de manutenção das relações produtivas na agricultura familiar agroecológica da Associação de Produtores Agroecológicos Semente do Futuro (APASF) do município de Atalanta (SC). Para tal, foi realizada uma pesquisa qualitativa de caráter etnográfico, com base na coleta de dados por meio de entrevistas não estruturadas e observação participante realizadas com homens e mulheres, membros da Associação. Segundo os relatos, a agroecologia promoveu mudanças na organização familiar, na posição de gênero no interior da Associação e reposicionou às mulheres nas propriedades e nas relações familiares. Além disso, manteve as relações produtivas no campo por meio da geração de renda e da permanencia destas famílias no meio rural. Por fim, as ações futuras da Associação envolvem homens e mulheres e evidenciam que é possível igualdade gênero na agricultura familiar.Downloads
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