Características epidemiológicas e clínicas da sepse em um hospital público do Paraná

Autores

  • Franciele Nascimento Santos Zonta Universidade Paranaense
  • Patricia Gurgel Amaral Velasquez Universidade Parananense
  • Leonardo Garcia Velasquez Universidade Paranaense
  • Luciana Savi Demetrio Universidade Paranaense
  • Danieli Miranda Universidade Paranaense
  • Mirian Carla Bortolamedi Diamenes Silva Hospital Regional do Sudoeste do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.17058/reci.v8i3.11438

Resumo

Justificativa e Objetivo: A sepse é um problema de saúde pública que gera impacto clínico e econômico. O estudo objetiva descrever as características epidemiológicas e clínicas da sepse em um hospital público do Paraná. Métodos: Trata-se de uma pesquisa de campo exploratória, documental, retrospectiva, com abordagem quantitativa. Os dados foram coletados de prontuários de pacientes admitidos na Unidade de Terapia Intensiva adulto de janeiro de 2012 a janeiro de 2017, para isso utilizou-se um checklist com variáveis clínicas e demográficas. Foram inclusos todos os prontuários de pacientes internados no setor que apresentaram sepse no momento da internação ou desenvolvida após a admissão. Foi realizada análise de frequência descritiva, distribuição das variáveis independentes e significância pelo teste de Qui-quadrado. Resultados: De um total de 1.557 prontuários, foram incluídos 1112 (71,4%), os quais foram classificados com síndrome da resposta inflamatória sistêmica (13,9%), sepse (39,1 %) ou choque séptico (47,0 %). Houve predominância de pacientes do sexo masculino (55,8%), faixa etária maior de 70 anos (36,3%) e cor branca (92,6%). O tempo de internação foi de até uma semana (50,4%). Prevaleceram pacientes clínicos (42,4%), com infecção nosocomial encontrada em 50,2% dos casos. As principais fontes de infecção foram pulmão (32,9%) e ferida cirúrgica (23,5%). Entre as causas de admissão, complicações respiratórias (19,5%) e politrauma (9,3%) foram as mais frequentes. As culturas foram positivas em 29,7% dos casos, em sua maioria bacilos gram negativos (12,1%). A mortalidade na SIRS, na sepse e no choque séptico foi de 0,3%, 30,1%, 33,0%, respectivamente. Conclusão: O estudo evidenciou que a sepse acometeu em sua maioria idosos do sexo masculino, e que o foco infecioso foi de origem pulmonar em âmbito nosocomial. Observou-se ainda elevadas taxas de mortalidade, principalmente em casos de choque séptico.

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Biografia do Autor

Franciele Nascimento Santos Zonta, Universidade Paranaense

Professora Adjunta do Curso de Enfermagem da Universidade Paranaense

Patricia Gurgel Amaral Velasquez, Universidade Parananense

Professora Adjunta do Curso de Farmácia da Universidade Paranaense

Leonardo Garcia Velasquez, Universidade Paranaense

Professor Titular do Curso de Farmácia da Universidade Paranaense

Luciana Savi Demetrio, Universidade Paranaense

Acadêmica do Curso de Enfermagem da Universidade Paranaense

Danieli Miranda, Universidade Paranaense

Enfermeira, aluna da pós-graduação da Universidade Paranaense

Mirian Carla Bortolamedi Diamenes Silva, Hospital Regional do Sudoeste do Paraná

Enfermeira, rsponsável técnica da unidade de Terapia intensiva do hospital regional do Sudoeste do Paraná

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Publicado

2018-06-25

Como Citar

Nascimento Santos Zonta, F., Gurgel Amaral Velasquez, P., Garcia Velasquez, L., Savi Demetrio, L., Miranda, D., & Bortolamedi Diamenes Silva, M. C. (2018). Características epidemiológicas e clínicas da sepse em um hospital público do Paraná. Revista De Epidemiologia E Controle De Infecção, 8(3), 224-231. https://doi.org/10.17058/reci.v8i3.11438

Edição

Seção

ARTIGO ORIGINAL