Prevalência da hanseníase, taxa de grau II de incapacidade física e proporção de casos multibacilares: Um paradoxo que evidencia diagnóstico tardio e prevalência oculta?
DOI:
https://doi.org/10.17058/reci.v9i1.11765Resumo
Nas últimas décadas o número de casos de hanseníase tem decrescido significantemente em todo o mundo. Todavia, essa redução tem sido questionada por muitos pesquisadores, que acreditam haver um número muito maior de doentes. Este trabalho teve como objetivo analisar a evolução temporal de três indicadores epidemiológicos (taxa de prevalência, taxa de grau II de incapacidade física e proporção de casos multibacilares) a fim de encontrar evidências de diagnóstico tardio e prevalência oculta da hanseníase no estado da Bahia. Foi aplicado o modelo de regressão por pontos de inflexão (joinpoint) para a avaliação da tendência dos indicadores no período de 2001 a 2015. Foi encontrada tendência de redução da prevalência (AAPC -5,5%; p<0,001) acompanhada de elevação da taxa de grau II (AAPC 2,7%; p<0,001) e da proporção de casos multibacilares (AAPC 2,2%; p<0,001). Esse paradoxo sugere a existência de diagnóstico tardio e prevalência oculta no estado. Descritores: Hanseníase. Diagnóstico tardio. Prevalência.Downloads
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