Reutilização de perfurocortantes na insulinoterapia e sua associação com infecções estafilocóccicas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17058/reci.v9i1.12243

Resumo

Justificativa e Objetivos: A insulinização de múltiplas doses é um dos tratamentos utilizados para diabetes. O manejo de seringas, agulhas e canetas na insulinoterapia têm sido descrito como um fator de risco ao desenvolvimento de processos infecciosos, causando dano a integridade da pele e lesões tissulares, facilitando a penetração de patógenos oportunistas. Diante disso, o objetivo desta pesquisa foi avaliar a prática de reutilização desses dispositivos na insulinoterapia e sua relação com o surgimento de contaminação por Staphylococcus sp. em agulhas e riscos de infecções. Métodos: Para a coleta de dados foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com os participantes da pesquisa acerca dos aspectos da terapia insulínica. A pesquisa entrevistou 15 diabéticos, dos quais 13 (86,7%) do sexo feminino, sendo coletadas 20 agulhas com posterior envio para análise no laboratório de microbiologia da Faculdade Santa Maria. Resultados: Foi constatado que 53,3% dos participantes relataram adotar algum cuidado de hiegiene no local da aplicação, 80% reutilizaram a agulha de um a > 7 dias, variando de dois a > 15 aplicações, e 66,7% sentiram alguma reação no local da aplicação. Um total de nove agulhas reutilizadas mostraram-se contaminadas por Staphylococcus sp. após realização de cultura, coloração de Gram, teste da catalase e coagulase. Conclusão: Diante dos resultados, pode-se constatar que existe um potencial risco de infecção por Staphylococcus sp. associado à insulinoterapia. Descritores: Autocuidado. Contaminação. Infecções Estafilocócicas.

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Biografia do Autor

Cícero Anthonyelson Teixeira Dunes, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, PB

Bacharel em Biomedicina, com habilitação em Patologia Clínica e Mestre em Biotecnologia, na área de concentração aplicada à saúde, na linha de pesquisa de desenvolvimento de agentes terapêuticos, profiláticos e de diagnóstico pela UFPB.

José Kleybson de Sousa, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE

Mestre em Microbiologia Médica pelo Programa de Pós-Graduação em Microbiologia Médicas (Conceito CAPES 5) da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará - UFC. Bacharel em Biomedicina com habilitação em Patologia Clínica (Análises Clínicas). Atualmente desenvolve pesquisa no Laboratório de Patógenos Emergentes e Reemergentes-LAPERE, Núcleo de Estudos Avançados em Microbiologia Médica - NEAMM do Centro Especializado em Micologia Médica - CEMM, Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará, atuando nos seguintes temas: Doenças Infecciosas e Parasitárias, Infecções Oportunistas, Fatores de Virulência Microbiana, Mecanismos de Resistência a Antimicrobianos e Modelos Animais Alternativos para Desenvolvimento de Estratégias Antimicrobianas.

Maria Tatiana Alves Oliveira, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN

Doutoranda em Bioquímica pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Possui graduação em Biomedicina pela Faculdade de Ciências Aplicadas Doutor Leão Sampaio (2011). Mestrado em Bioprospecção Molecular pela Universidade Regional do Cariri - URCA (2014) com ênfase em Química de Produtos Naturais. Especialista em Prática Docente do Ensino Superior. Possui experiência nas áreas de Bioquímica, Fisiologia, Microbiologia.

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Publicado

2019-01-03

Como Citar

Dunes, C. A. T., Sousa, J. K. de, & Oliveira, M. T. A. (2019). Reutilização de perfurocortantes na insulinoterapia e sua associação com infecções estafilocóccicas. Revista De Epidemiologia E Controle De Infecção, 9(1). https://doi.org/10.17058/reci.v9i1.12243

Edição

Seção

ARTIGO ORIGINAL