A dinâmica das infecções relacionadas à assistência à saúde utilizando a metodologia tracer e a modelagem por redes complexas

Autores

  • Andrêza Cavalcanti Correia Gomes Universidade Federal de Pernambuco
  • Maria Beatriz Guega da Silva Bezerra Universidade Federal de Pernambuco
  • Rafaella Miguel Viana Gomes Universidade Federal de Pernambuco
  • Flávia Cristina Morone Pinto Universidade Federal de Pernambuco http://orcid.org/0000-0003-2038-9984

DOI:

https://doi.org/10.17058/jeic.v10i2.12786

Palavras-chave:

Metodologia tracer, infecção, controle de infecção, modelagem, rede complexa.

Resumo

Justificativa e Objetivos: no Brasil, infecções de sítio cirúrgico (ISC) compreendem aproximadamente 15% das infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS). Este estudo avaliou a dinâmica das infecções por meio da metodologia tracer, alinhada à análise por redes complexas, utilizando o rastreamento de um paciente (caso) que foi submetido à cirurgia (cenário). Métodos: estudo de caso, de natureza observacional, abordagem descritiva, com avaliação transversal e retrospectiva, pelo rastreamento e análise do prontuário de um paciente submetido a procedimentos cirúrgicos, utilizando a metodologia tracer, sob a ótica das redes complexas, no Hospital das Clínicas, Universidade Federal de Pernambuco. Resultados: mulher, 65 anos, submetida à descompressão, artrodese e retirada de enxerto (doador) em ilíaco esquerdo. Readmitida com osteomielite do ilíaco esquerdo, evoluindo com piora do estado geral, seguido de óbito. O fator de prioridade (PFP) relacionado ao caso foi o procedimento cirúrgico para retirada do enxerto no ilíaco esquerdo pela clínica ortopédica. De acordo com o Manual Brasileiro de Acreditação Hospitalar, os padrões obrigatórios e aplicáveis, segundo o perfil do hospital, apresentam os seguintes percentuais de conformidade para o nível 1 (78,7%), nível 2(82,4%) e no nível 3 (51,7%). Utilizando as redes complexas e considerando que os profissionais são potenciais carreadores da disseminação das infecções aos suscetíveis e são preditores da propagação da ISC (cenário 2/hipótese 2), somado à falta de estrutura para higienização das mãos (cenário 3/hipótese 3), observou-se que há maior chance de ISC ter ocorrido nos setores da enfermaria e UTI. Conclusões: a provável propagação das IRAS está relacionada aos profissionais e à estrutura físico-funcional necessária para prestação da assistência segura.

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Biografia do Autor

Andrêza Cavalcanti Correia Gomes, Universidade Federal de Pernambuco

Serviço de Controle de Infecção Hospitalar Núcleo de Segurança do Paciente Hospital das Clínicas, HC/EBSERH/UFPE, Recife, Pernambuco, Brasil.

Maria Beatriz Guega da Silva Bezerra, Universidade Federal de Pernambuco

Bacharelado em Nutrição Centro Acadêmico de Vitória (CAV) Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Vitória de Santo Antão. Pernambuco. Brasil.

Rafaella Miguel Viana Gomes, Universidade Federal de Pernambuco

Serviço de Controle de Infecção Hospitalar Hospital das Clínicas HC/EBSERH/UFPE, Recife, Pernambuco, Brasil.

Flávia Cristina Morone Pinto, Universidade Federal de Pernambuco

Núcleo de Nutrição Centro Acadêmico de Vitória Universidade Federal de Pernambuco

Publicado

2020-04-05

Como Citar

Gomes, A. C. C., Bezerra, M. B. G. da S., Gomes, R. M. V., & Pinto, F. C. M. (2020). A dinâmica das infecções relacionadas à assistência à saúde utilizando a metodologia tracer e a modelagem por redes complexas. Revista De Epidemiologia E Controle De Infecção, 10(2). https://doi.org/10.17058/jeic.v10i2.12786

Edição

Seção

ARTIGO ORIGINAL